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Filme sobre Amy Winehouse ganha Grammy de melhor documentário musical

Imagem do documentário "Amy"  - Reprodução
Imagem do documentário "Amy" Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

15/02/2016 20h50

O documentário "Amy", que conta a história da cantora Amy Winehouse, ganhou o Grammy de melhor documentário musical. O resultado foi divulgado durante a pré cerimônia transmitida pelo site oficial do evento, nesta segunda-feira (15). Nenhum representante de Amy, morta em 2011, foi receber o prêmio. O filme concorre ao Oscar de melhor documentário.

Dirigido por Asif Kapadia (o mesmo cineasta que fez "Senna", sobre o piloto de Fórmula 1), o documentário foi rejeitado pela família da cantora. O motivo é evidente : à exceção da avó, quase todos são retratados na produção como ausentes, imprudentes, oportunistas ou mercenários (caso de Mitch).

O filme começa com Amy Winehouse brincando de personificar Marilyn Monroe (cantando para John Kennedy) no aniversário de 14 anos de Lauren Gilbert, em 1998, e termina com seu funeral estranhamente sóbrio, 13 anos depois. Ela morreu aos 27 anos, em 2011, após uma carreira meteórica de extremos, da aclamação crítica que lhe rendeu o Grammy e os cachês de US$ 1 milhão por show às dolorosas vaias em Belgrado, no auge da alienação.

Relação com o marido

O documentário identifica na sua relação com o ex-marido, Blake Fielder-Civil, o início do fim: foi ele quem a introduziu aos vícios da heroína e do crack, a partir de 2005, e também a convenceu de que todos estavam destinados ao fim clássico do romantismo: viver intensamente, morrer jovem.

O retrato de Blake traçado por Kapadia é até um pouco mais simpático do que o de Mitch Winehouse. Ele aparece como um malandrozinho de pouca inteligência. "Vou amar você incondicionalmente, até o dia em que meu coração parar e eu cair morta", disse Amy, sobre Fielder-Civil.

A família de Amy não gostou do resultado e definiu o filme como "desequilibrado" e "equivocado". O pai da cantora, Mitch, chamou os produtores de "desgraças" e afirmou que deviam se envergonhar de si mesmos por ter concluído daquela forma. Não era para menos. Ele é mostrado perseguindo a própria filha com uma equipe de filmagem na Ilha de Santa Lúcia, onde ela ficaria 6 meses para tentar recuperar a saúde.