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Fãs fazem campanha para que protagonista de "Frozen" se assuma lésbica

Do UOL, em São Paulo

02/05/2016 21h24

A sequência de "Frozen - Uma Aventura Congelante", cuja estreia está prevista para 2018, pode ter uma protagonista Elsa lésbica. Nada foi confirmado oficialmente, mas essa é a grande vontade de parte dos fãs da história, que criaram uma campanha no Twitter por meio da hashtag #GiveElsaaGirlfriend ("Dê a Elsa uma namorada").

Idealizado em fevereiro, o pedido ganhou força neste fim de semana, após publicações da usuária Alexis Isabel (@lexi4prez). As mensagens, também direcionada à adaptação de "Frozen" para musical da Broadway, que estreia no ano que vem, sugerem à Disney que transforme a personagem em uma "rainha lésbica icônica".

O recado rapidamente recebeu o apoio de milhares de internautas por meio de curtidas e retuítes, que o transformaram em "trending topic" na rede social nos últimos dias.

De acordo com os participantes da campanha, o objetivo é incrementar a representatividade das minorias nas telas, inclusive para acabar com o desconforto que crianças gays têm em relação à notória falta de princesas homossexuais em histórias e filmes.

Inspirado na história "A Rainha da Neve", do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, "Frozen" traz uma protagonista de atitude e personalidade forte, contrastando com o arquétipo clássico de mulher indefesa dos contos de fada.

O filme chegou a ser acusado por grupos religiosos de fazer apologia ao satanismo e à homossexualidade. Segundo as críticas, o poder da princesa Elsa, de congelar objetos, seria uma metáfora velada ao lesbianismo.

Internauta posa ilustração de Elsa (à dir.) com possível par romântico feminino - Reprodução/Twitter - Reprodução/Twitter
Internauta posta imagem de Elsa (à dir.) com possível par romântico feminino
Imagem: Reprodução/Twitter

A campanha dos internautas para que a personagem se assuma lésbica também está relacionada ao fato de a faixa "Let it Go", grande sucesso da trilha sonora de "Frozen", ter ganhado popularidade na comunidade LGBT, tornando-se uma espécie de hino jovem da causa.
 
Conhecido como um dos grandes estúdios americanos mais sensíveis à questão, a Disney tem entre seus principais animadores, Jonathan Groff, que é assumidamente gay.
 
Em entrevistas recentes, o diretor de "Frozen", Chris Buck, vem sinalizando transformações na personagem, que apareceria agora em uma versão "mais alegre", o que deu brecha a boatos na internet sobre a real personalidade de Elsa. O novo longa será focado no relacionamento da protagonista com a irmã Anna.
 
“Vamos abordar questões [no filme sequência] que fazem parte da realidade de vários meninos e meninas, homens e mulheres hoje em dia. Temos noção do que está acontecendo na sociedade”, disse Buck em entrevista ao ao MTV News em agosto do ano passado.
 
Lançado em 2013, "Frozen" arrecadou mais de US$ 1,2 bilhão no mundo, sendo a animação de maior bilheteria de todos os tempos e a nona da história.