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Jornal britânico cita brasileiro "Aquarius" em apostas para o Oscar

Do UOL, em São Paulo

22/06/2016 12h02

O crítico Nigel M Smith, do jornal britânico "The Guardian", fez suas primeiras apostas para o Oscar de 2017. Em um texto dividido em três categorias – apostas certas, possibilidades concretas e deveriam ser – Smith cita o brasileiro "Aquarius" na última categoria. O filme ainda não tem data de estreia no Brasil. 

Entre as apostas certas está o americano "The Birth of a Nation", drama que conta a revolta de escravos no século XIX na Virgínia. Mesmo com críticas divididas, o filme chamou muita atenção e foi vencedor do Festival de Sundance no começo do ano.

Outra aposta dada como certa é "Florence: Quem é Esta Mulher?", cinebiografia da cantora Florence Foster Jenkins, interpretada por Meryl Streep, que vive a mulher rica dos anos 1940 que ficou famosa por não acertar as notas musicais. A animação "Zootopia" também aparece como chance de indicação por trazer questões sociais, raciais e de brutalidade policial.

Na seleção oficial de Cannes, o brasileiro "Aquarius", de Kleber Mendonça Filho, foi citado pelo crítico como um "deveria ser indicado". Ele elogia a atuação de Sonia Braga. No entanto, é raro a Academia abrir as indicações para atores estrangeiros, como aconteceu com Fernanda Montenegro em "Central do Brasil".

"Aquarius" já conseguiu distribuição em mais de 30 países, alcançando salas de cinema da Europa, Ásia, América do Norte e América Latina.

Protestos em Cannes
A sessão de gala de "Aquarius" em Cannes, em maio deste ano, foi marcada por protestos contra o governo interino de Michel Temer, que têm repercussão até hoje.

Ao chegar ao topo da escadaria que leva ao Palácio dos Festivais, o diretor Kléber Mendonça Filho, os atores Humberto Carrão e Maeve Jinkings e outros integrantes da equipe mostraram cartazes com frases em inglês e francês com dizeres como "O mundo não pode aceitar este governo ilegítimo", "Um golpe está acontecendo no Brasil", "54.501.118 de votos foram queimados", "Misóginos, racistas e impostores como ministros", e "Dilma, vamos resistir com você".