O caso das 55 estatuetas roubadas que quase cancelou o Oscar em 2000
O Oscar 2000 deu o que falar e não apenas por consagrar “Beleza Americana” como melhor filme e Kevin Spacey como melhor ator. Algumas semanas antes da 72ª edição do evento, 55 estatuetas foram roubadas, dando dor de cabeça para 20 trabalhadores que tiveram que ralar para construir os prêmios em poucas semanas.
Em março daquele ano, um carregamento foi roubado das docas de Los Angeles. O desaparecimento das figuras de ouro virou manchete na imprensa mundial e roubou a atenção de Hollywood.
Alguns dias depois, um catador de lixo encontrou 52 figuras douradas em uma lixeira e avisou a polícia local. “Tenho mais Oscar que qualquer estrela de cinema”, brincou Willie Fulgear na época. Como recompensa, o bom humor ainda garantiu 50 mil dólares no bolso e dois lugares na cerimônia.
Os ladrões foram presos, mas 17 anos depois ainda duas estatuetas continuam desaparecidas. A última recuperada foi encontrada em uma batida policial, em 2003.
Desde o roubo, a R.S Owens, empresa responsável por fazer a tão desejada estátua de 1982 a 2016, mudou os protocolos de entrega e começou a transportar a valiosa carga em aviões e com seguranças armados. A Academia encerrou o contrato com a empresa ano passado, e agora as imagens são responsabilidade da Polich Tallix Fine Art Foundry.
Tanto esforço em vão?
É o que revela o diretor de design da R.S Owens. “A maioria não sabe que sempre fizemos os Oscar para o ano seguinte. As estatuetas seriam entregues no evento do próximo ano”, contou Joseph Petree ao Hollywood Reporter.
Petree ainda afirmou que a Academia sempre deixa um número grande de prêmios guardados, já que nunca se sabe quantos levarão o troféu em uma edição. “[A organização] sob nenhuma circunstância correria o risco de ficar sem as estatuetas”.
Boa parte das estatuetas foram recuperadas, mas nunca chegou aos vencedores. "[A Academia] Jamais entregaria uma estatueta roubada", completou Petree.
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