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Empresa oferece US$ 100 mil a quem denunciar produtor acusado de assédio

A atriz Lindsay Lohan e o magnata Harvey Weinstein - Reprodução
A atriz Lindsay Lohan e o magnata Harvey Weinstein Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

17/10/2017 18h11

Uma startup americana, a Legalist, anunciou nesta terça (17) que está oferecendo recompensa de US$ 100 mil (cerca de R$ 317) a quem tiver qualquer "reivindicação válida de assédio sexual" cometido pelo produtor Harvey Weinstein, acusado de abusar de dezenas de atrizes de Hollywood.

Sediada em San Francisco, a empresa atua a partir de um sistema inteligência artificial para ajudar clientes a conseguir dinheiro para cobrir ações na Justiça. Segundo a Legalist, a empresa "está tomando essa posição para encorajar os sobreviventes do assédio sexual de todas as áreas se pronunciarem provendo justiça em prol de si mesmos e de outras vítimas".

"A justiça deve ser alcançada no tribunal, não em segredo", afirmou o presidente da empresa, Evan Shang, em comunicado. "A justiça para sobreviventes de assédio sexual foi adiada por muito tempo devido ao desequilíbrio de poder entre homens e mulheres, o que permitiu que alguém como Weinstein ficasse por três décadas sem consequências públicas."

As reivindicações podem ser feitas no endereço legalist.com/weinstein. Segundo a revista "The Wrap", a Legalist recebeu recentemente doação de US$ 100 mil do empresário Peter Thiel, cofundador do PayPal, mas representantes da empresa negaram qualquer influência dele na decisão de oferecer as recompensas.

Um dos principais produtores de filmes nos Estados Unidos, Harvey Weinstein é acusado de assediar sexualmente de diversas estrelas e personalidades do cinema, incluindo Ashley Judd, Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow e Rose McGowan. Alguns casos envolvem estupro.

Desde que a história foi revelada pelo jornal "The New York Times" e revista "New Yorker", Weinstein já foi demitido do próprio estúdio, a Weinstein Company, e da academia de cinema de Hollywood, além de ver a mulher iniciar processo de divórcio. O sindicato dos produtores também divulgou que irá expulsá-lo de seu quadro.