Careca e sem o "carioquês": Cauã Reymond sai da zona de conforto (de novo)
Quem vê o bonitão Cauã Reymond apenas como um galã de novelas vai se surpreender com o ator no filme "Não Devore Meu Coração", que entra em cartaz nesta quinta-feira. No longa de Felipe Bragança, que conta a história de um menino brasileiro que se apaixona por uma menina indígena paraguaia, Cauã vive Fernando, irmão mais velho do protagonista, um misterioso agroboy que faz parte de uma gangue de motoqueiros da região. Além de aparecer com a cabeça raspada, o ator também mostra um sotaque diferente do “carioquês”, que segundo ele é um dos encontrados em Mato Grosso do Sul, onde a história se passa.
“Para mim foi importante entrar em contato com essa realidade, com esse universo, esse sotaque diferente. Interessante porque foi colonizado por gaúchos. (A personagem de) Ney Matogrosso tem sotaque gaúcho. Tem o ‘porta’, 'porteira'. É uma mistura de sotaques como Brasília”, contou Cauã. “O filme é poético. A história dos personagens mais jovens é um lugar de fábula, poesia. A minha parte dentro da trama é mais hardcore. Fala sobre o genocídio indígena, sobre conflitos, sobre o que ficou da Guerra do Paraguai."
“Faço isso intuitivamente, já fiz isso outras vezes na carreira, saí daqui para lá. A gente estuda, busca, quer entender o que pode oferecer para o personagem, o que a gente não tem. Eu sou um cara interessado. Busquei uma professora e estudei o sotaque todos os dias. Meu personagem que está em busca de pertencer a algo, de ser aprovado, quer agradar e ele se perde nessa busca”, disse.
Momentos de angústia
Lidar com a ansiedade no set de gravação sem falar com a equipe foi um dos desafios durante as filmagens, contou o ator. “O Felipe tinha um set muito concentrado. Eu às vezes me concentro desconcentrando. Gosto de falar. Ser falante no set que é uma forma de botar minha ansiedade para fora, mas não fazia isso com os colegas. E a equipe estava proibida de falar comigo. Foram momentos de angústia. Cada diretor trabalha de uma forma. Quando dava ‘ação’ eu botava para fora (a ansiedade)”, diz o ator, aos risos.
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