J.K. Rowling defende Johnny Depp: "Estamos felizes em tê-lo no filme"

J.K. Rowling, a grande cabeça por trás do universo mágico de Harry Potter, se pronunciou pela primeira vez sobre a controversa presença de Johnny Depp no elenco de "Animais fantásticos: Os crimes de Grindelwald".

“Os fãs de Harry Potter tiveram legítimas questões e preocupações sobre a nossa escolha em continuar com Johnny Depp no papel. Como David Yates, diretor de longa data de Potter, já disse, nós naturalmente consideramos a possibilidade de reformular o elenco. Eu entendo por que alguns ficaram confusos e raivosos por isso não ter acontecido”, disse em um texto publicado em seu site.

"No entanto," ela acrescenta, "os acordos firmados para proteger a privacidade de duas pessoas, que expressaram o desejo de continuar suas vidas, devem ser respeitados. Com base na nossa compreensão das circunstâncias, os cineastas e eu não estamos apenas satisfeitos com o nosso elenco original, mas estamos realmente felizes por ter Johnny interpretando um personagem importante nos filmes".

Deep fez uma aparição no "Animais Fantásticos e Onde Habitam" no papel do vilão Grindelwald e ganhou destaque na primeira imagem divulgada da continuação, deixando os fãs do universo irritados. Isso porque em maio do ano passado surgiram acusações de violência doméstica contra Depp. Amber Heard, que era casada com ele na época, pediu uma ordem de restrição contra o ator alegando que ele vinha sistematicamente agredindo-a. Naquele momento, Depp já havia filmado sua participação em "Animais Fantásticos", que ainda era segredo.

A sensação geral era que não pegava nada bem um agressor no elenco da franquia criada por J.K. Rowling, que sempre foi pautada no respeito e valorização da diversidade, mas o estrago já estava feito.

Rowling afirmou valorizar a comunidade em torno de Harry Potter -- "é uma das maiores alegrias da minha vida" -- e disse ter se sentido "frustrada" ao ficar em silêncio sobre o caso, mas defendeu: "Aceito que haverá aqueles que não estão satisfeitos com nossa escolha do ator no papel principal. No entanto, a consciência não é administrada por comitê. Dentro do mundo fictício e fora dele, todos nós temos que fazer o que acreditamos ser a coisa certa."