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Cersei "tem que morrer", diz intérprete de Tommen Baratheon em "GoT"

O ator Dean-Charles Chapman participa de painel de Comic-Con Experience 2017, em São Paulo - Beatriz Amendola/UOL
O ator Dean-Charles Chapman participa de painel de Comic-Con Experience 2017, em São Paulo Imagem: Beatriz Amendola/UOL

Beatriz Amendola

Do UOL, em São Paulo

07/12/2017 17h11

Tommen Baratheon foi o terceiro ocupante do Trono de Ferro de "Game of Thrones" a ter um fim trágico na série: o filho caçula de Cersei e Jamie Lannister pulou de uma das janelas de seu castelo após a explosão --orquestrada por sua mãe-- que matou sua mulher, Margaery. E no que depender do intérprete do jovem rei, o ator Dean-Charles Chapman, Cersei vai pagar por todas as maldades que fez.

"Ela tem que morrer", disse o ator em conversa com o UOL. "Acho que o Tyrion deveria matá-la. Ele deveria esfaqueá-la ou algo assim, ou Daenerys [poderia matá-la] com seus dragões, acho que seria bom. Definitivamente tem algo vindo para ela".

Dean veio ao Brasil para participar da CCXP 2017 (Comic-Con Experience), na São Paulo Expo, onde será a principal atração de um painel dedicado à série da HBO nesta quinta-feira (7). Ele desembarcou em São Paulo na noite anterior e confessou estar "um pouquinho nervoso" para participar do evento, que estima receber 220 mil pessoas neste ano: "Já participei de Comic-Cons, mas nada desse tamanho".

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O ator, que deixou a série no último episódio da sexta temporada, não esperava que Tommen morresse em um suicídio. "Eu fiquei surpreso. Quando estava gravando, fiquei preocupado com o resultado, porque queria que fosse uma morte boa, que fizesse justiça ao personagem. A série ficou famosa por matar seus protagonistas, então eu queria que fosse uma boa morte. Quando eu assisto agora, eu tenho muito orgulho de como ficou. No dia foi ok, foi meio triste saber que ia morrer, mas deu certo".

Na hora de gravar, ele foi orientado pelos roteiristas a não pensar em nada. "Eu queria que Tommen chorasse. E eles me deram um bilhete dizendo que ele não deveria estar pensando em nada, que as pessoas, antes de cometer suicídio, não deveriam pensar muito, não deveriam pensar demais, porque se elas pensassem demais, elas poderiam desistir do suicídio. Então eles me deram esse bilhete dizendo: 'Fique paralisado e não pense em nada'. É uma queda. Você pula, e é isso".

Tommem - Divulgação/HBO - Divulgação/HBO
Tommem em cena da sexta temporada de "Game of Thrones"
Imagem: Divulgação/HBO

No painel, mais tarde, o ator disse que a cena de sua morte foi repetida, ao menos, vinte vezes. "Tive que pular da janela e cair várias vezes com o nariz no chão", lembrou, acrescentando gostaria de pelo menos, ter matado alguém antes de morrer na série. "Queria que ele pudesse ter matado ao menos uma pessoa. Ou ele poderia ter virado o Joffrey", brincou, arrancando risos da platéia ao falar do reizinho sádico da trama. 

Mas e se Tommen tivesse sobrevivido, seria um bom rei? Para Chapman, a certeza é de que sim: "Ele era um bom garoto, não queria ver ninguém machucado. Não queria causar nenhum mal. Se alguém tivesse sentado com ele e ensinado política, acho que ele seria um ótimo rei".

 

Vida pós-"Game of Thrones"

Hoje com 20 anos, Dean-Charles Chapman entrou em "Game of Thrones" quando ainda era adolescente. E, na verdade, começou com outro papel, o de Martin Lannister, primo de Tommen, que apareceu em um episódio. "É muita sorte [viver dois personagens na série]. Eu morri duas vezes também. Se não me engano, Martin foi assassinado por um Stark", contou no painel. 

Ao UOL, o ator contou que não teve dificuldade em conciliar a série com sua vida normal. "Eu saí da escola quando tinha dez anos, fui educado em casa. Não foi difícil conciliar trabalho e escola. Sempre quis atuar. Então, para mim, trabalho não é exatamente um trabalho. É cansativo, é difícil, mas não é um trabalho para mim. Eu gosto muito, então não posso reclamar de nada".

E agora, depois de fazer parte de uma das maiores séries do mundo, ele continua se dedicando à carreira. "Eu ainda estou trabalhando, o que é bom. Ter alguma coisa garantida, como 'Game of Thrones', ajuda muito um ator. Eu fui abençoado de fazer parte da série. Morto ou não, eu vou sempre ser uma parte dela".

Em 2018, ele lançará o filme "The Commuter". "Faço o filho de Liam Neeson. É um papel pequeno, mas é crucial para a história. Acho que não posso dizer mais nada, mas vai ser um bom filme".

A agenda cheia ainda não permitiu que o ator terminasse a sétima temporada de "Game of Thrones". "Acho que parei no terceiro episódio. Mas já tomei alguns spoilers", contou, aos risos. 

Para a oitava --e última-- temporada da série, Chapman gostaria de ver os rivais de sua família da TV triunfando. "Quero ver Cersei morrer, quero ver o Bran sobrevivendo, eu gosto muito dele. Gostaria de ver os Starks sobreviverem e viverem felizes para sempre".

Já o Trono de Ferro, para o artista, tem que ir para Jon Snow ou Daenerys. "Não acho que os dois conseguiriam fazer isso juntos, porque seria muito bom para ser verdade. Então, tenho que escolher um deles: Jon Snow. Ele é legal, todo mundo gosta dele. E ele tem um cabelo bacana."

Quanto ao seu Lannister preferido, ele não tem dúvidas: "Tyrion. Ele é o melhor".