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Mulheres ampliam participação e dirigiram 8 dos filmes mais vistos em 2017

A diretora Patty Jenkins (dir.) com a atriz Gal Gadot no set de "Mulher-Maravilha", na Itália - Clay Enos/Warner Bros.
A diretora Patty Jenkins (dir.) com a atriz Gal Gadot no set de "Mulher-Maravilha", na Itália Imagem: Clay Enos/Warner Bros.

Do UOL, em São Paulo

04/01/2018 14h47

Um estudo que explora a inclusão no mercado de diretores da indústria cinematográfica mostra que mulheres dirigiram 8 filmes entre os 100 mais vistos de 2017, um aumento em relação a 2016. Além disso, seis negros e cinco asiáticos quebraram o padrão de homens brancos que a listam apresenta. Mas a notícia ainda não empolgou, pela lenta evolução ao longo da década passada.

Apesar de ser um número pequeno, representando só 8% deste top 100, o aumento de cinco para oito é representativo, mas a Universidade da Califórnia, que o publicou lamentou que as diretoras de sucesso ainda pareçam vencedoras isoladas.

“Como notamos ano passado, a maioria das diretores é ‘um e fim’”, afirmou Stacy L. Smith, que comanda a iniciativa, ao Hollywood Reporter. Ele se refere ao fato de elas não conseguirem se manter no topo. “Principalmente as mulheres de grupos raciais e étnicos menos representados. As reais mudanças começaram quando vermos mulheres trabalhando por vários anos em filmes de sucesso e as oportunidades para as mulheres se expandirem.”

O futuro parece promissor. Patty Jenkins dirigindo a sequência de “Mulher Maravilha” e Ava DuVernay em “A Wrinkle in Time” sugerem que elas conseguirão manter uma participação em alto nível nas telonas.

No entanto, o progresso tem sido lento. De 2016 a 2017, a participação das mulheres passou de 4,2% a 7,3%. Mas, na década, desde 2007, elas foram responsáveis por apenas 4,3% dos filmes no top 100.

Se as mulheres lutam para crescer, o estudo mostrou que negros e asiáticos mantiveram número estável, mostrando dificuldade para ganhar espaço. Entre os negros, 81% dos filmes dirigidos por negros tinham atores negros como protagonistas.

“É uma tendência de pegarem diretores negros apenas para filmes que ‘combinam’ com esse contexto racial, limitando o trabalho deles”, disseram os autores da pesquisa.