Miley Cyrus é a aposta adolescente na refilmagem de "Lola"
De olho nos adolescentes plugados em seus celulares, notebooks, twitter, facebook e blogs, a comédia romântica "Lola", da diretora francesa Lisa Azuelos, refaz, agora nos EUA, passo a passo seu filme anterior, "Rindo à toa", que alcançou quatro milhões de espectadores na França há quatro anos.
O remake aposta igualmente na fama de Miley Cyrus, a estrelinha de "Hannah Montana", a série de TV e o filme, que assume o papel da protagonista, Lola. Vivendo os problemas de toda adolescente, ela acaba de romper com o namorado, Chad (George Finn), depois que ele confessou ter tido um casinho nas férias. Ela também diz que esteve com outro, mas mentiu, o que lhe dá uma dupla sensação de fracasso.
Quem a consola é Kyle (Douglas Booth), que é o melhor amigo também de Chad e fica numa encruzilhada, já que é evidente que se sente muito atraído por Lola. E vice-versa, mas ela também não tem coragem para encarar isso. Assim, para a garota, tudo agora é dor e choro no ombro das amigas, enquanto Chad desfila com a nova namorada.
Como no filme original, o mundo dos adultos não é tão mais maduro. Afinal, a mãe de Lola, Anne (Demi Moore), apesar de divorciada, está tendo um caso com o ex (Thomas Jane) escondido dos filhos - ou assim ela pensa.
Logo Anne vai ter motivos para ter dúvidas, quando conhecer James (Jay Hernandez), um policial bonitão e disponível. É o momento de ela pensar se a relação com o ex, que sempre foi infiel, vale a pena tanto assim.
Escorado nas intrigas nos corredores da escola ou nas baladas, o filme de Lisa Azuelos corre solto, enfocando com naturalidade as questões cruciais do cotidiano dos adolescentes à beira da vida adulta, como o relacionamento com os pais e a descoberta do sexo. Uma das pequenas mudanças neste roteiro, que tem contribuição de Kamir Aïnouz - nada a ver com o diretor brasileiro Karim Aïnouz - é o local de uma viagem da garotada ao exterior. No filme original, era para Londres, aqui, é para Paris. Mas o espírito é o mesmo, ou seja, fazer graça das diferenças culturais e alimentícias entre dois povos bem diferentes.
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