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Filha de Phil Collins, Lily encarna heroína de "Os Instrumentos Mortais"

A atriz Lily Collins - Timothy Hiatt/ Getty Images
A atriz Lily Collins Imagem: Timothy Hiatt/ Getty Images

Piya Sinha-Roy

Da Reuters, em Los Angeles

21/08/2013 13h45

A atriz Lily Collins é filha de um cantor famoso e já quis ser jornalista, mas é no cinema que ela se encontrou. Aos 24 anos, colhe a repercussão do seu principal papel até hoje, o de uma heroína numa franquia juvenil.

Filha do cantor britânico Phil Collins, ela estudou jornalismo na Universidade do Sul da Califórnia, mas desde 2009 trabalha como atriz, primeiro em "Um Sonho Possível", e em 2012 em "Espelho, Espelho Meu".

Em "Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos", que estreia nos cinemas dos EUA, Collins assume o papel da protagonista Clary Fray.

O filme, primeira adaptação da série literária "Os Instrumentos Mortais", de Cassandra Clare, se passa na Nova York atual, onde Clary descobre um mundo secreto de fantasia, o que muda sua vida.

Collins falou à Reuters sobre a pressão de ser parte de uma série para jovens, as exigências do primeiro beijo nas telas, e a comparação com Jennifer Lawrence.

Reuters: Quanta pressão você sentiu vivendo Clary em uma adaptação cinematográfica de uma série literária com tantos fãs?

Lily Collins: Não percebi como era grande o fanatismo quando fui chamada para o elenco, porque eu não estava ligada nas redes sociais ... Acho uma sorte ter tido a experiência de interpretar uma personagem como a Branca de Neve (em "Espelho, Espelho Meu"), em que todos tinham uma opinião, e consegui aprender a me separar da opinião pública.

Clary vê seu mundo ser revirado em "Cidade dos Ossos", ao descobrir segredos sobre sua mãe e sua vida. Foi um desafio transmitir a confusão da personagem?

Como atriz, isso foi o que mais me assustou, porque na realidade uma crise de identidade nessa idade é normal. Toda menina passa por essa coisa "Quem Sou Eu?", e também estamos hormonalmente loucas nessa idade, então você pode reagir emocionalmente por estar irritada, triste, frustrada, chateada ... Então eu precisei garantir que não atuava numa só nota, ou pelo menos espero não ter atuado em uma só nota e a feito de vítima. Ela não é uma vítima, mas está vulnerável e confusa.

Foi desafiadora a cena do primeiro beijo de Clary com Jace (personagem de Jamie Campbell-Bower)?

É ótimo contracenar com alguém com quem você se dá tão bem, vocês estão ambos no mesmo barco onde há 40 pessoas olhando, e é estranho... Não é romântico! Mas aí parece extremamente romântico quando você olha, por causa do cenário, da emoção e da música, e Jamie e eu nos damos tão bem. É adorável quando você está com alguém que está na mesma página que você. Como menina que lia os livros, esse é o momento que você quer que seja perfeito.

"Cidade dos Ossos" é parte de uma nova onda de filmes para jovens, que inclui "Jogos Vorazes" e "Divergente". Como Clary se diferencia da Katniss de Jennifer Lawrence ou da Tris de Shailene Woodley?

É incrível estar na mesma frase e na mesma categoria de moças como essas, porque adoro a Jennifer, e acho que a Shailene é extremamente talentosa, e mesmo com Kristen [Stewart], embora a série ["Crepúsculo"] já tenha terminado. Há tantos tipos de jovens heroínas no cotidiano que eu acho que há espaço para todas, todas nós trazemos algo diferente para a mesa ... Acho que há um subtom cômico nas nossas histórias que está ausente nas outra, e Clary é parte dessa irreverência e parte dessa comédia. Ela está na busca por salvar sua mãe, e não deixa que o amor a defina, não é vitimizada. Ela é uma lutadora, mas é normal também.