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Críticos de cinema classificam como "desprezível" filme sobre Diana

Naomi Watts comparece ao lançamento de "Diana" - Tim P. Whitby / Getty Images
Naomi Watts comparece ao lançamento de "Diana" Imagem: Tim P. Whitby / Getty Images

Paul Casciato

06/09/2013 15h29

Críticos de cinema classificaram o filme "Diana", que aborda o relacionamento da princesa britânica morta em 1997 com um médico paquistanês, como uma novela intrusiva e "desprezível". O filme que teve a sua estreia mundial em Londres na quinta-feira (5).

No longa, a atriz Naomi Watts, que nasceu na Grã-Bretanha, interpreta a personagem abandonada e "presa" em uma gaiola dourada. O ator inglês Naveen Andrews é o cardiologista Hasnat Khan, que dá a Diana o amor pelo qual ela anseia.

Os tabloides britânicos reagiram de modo contundente ao filme do diretor alemão Oliver Hirschbiegel. "A Rainha dos Corações foi apresentada como uma patética solitária que Bridget Jones atravessaria a rua para evitar", escreveu David Edwards, do "The Mirror", em uma crítica em que definiu a obra como um "esforço triste e desprezível".

TRAILER LEGENDADO DE "DIANA", COM NAOMI WATTS

Enredo
O filme é baseado em "Diana: Her Last Love", livro de Kate Snell publicado em 2000, que argumenta que a ex-mulher do herdeiro do trono britânico teve um caso às escondidas com Khan, nos últimos dois anos de sua vida.

"Diana" tem cenas que retratam a princesa em hospitais ou em seu apartamento intercaladas com suas aparições públicas: a campanha contra as minas terrestres ou a entrevista que concedeu em 1995 sobre seu relacionamento com Charles, na qual ela disse que havia "três de nós neste casamento".

A personagem Diana diz a Khan em seu primeiro "encontro" que adora novelas de televisão. Algumas das cenas do filme, incluindo o seu rompimento em um parque de Londres, no meio da noite, poderiam ser classificadas como novelescas.

O diálogo, que inclui poesia persa e versos como "agora que sou amada não me sinto mais sozinha" foi mal-recebido, não tendo obtido mais do que uma estrela na classificação da crítica.

"Mesmo quando essas falas são ditas por uma perfumada Naomi Watts, dando o seu melhor para um roteiro constrangedor, esse filme ainda é atroz e invasivo", escreveu Kate Muir no "Times".