Amizade da vida real dá graça à comédia apocalíptica "É o Fim"
Em 2007, os comediantes e amigos Jay Baruchel ("Aprendiz de Feiticeiro") e Seth Rogen ("Besouro Verde") estrelaram um curta-metragem interpretando a si mesmos durante o fim do mundo. Dirigida pelo estreante Jason Stone, a produção acompanhava uma hipnótica discussão entre os dois, enquanto permaneciam fechados em um apartamento à espera do pior.
Ambos já são vistos há algum tempo como expoentes da nova geração de comediantes norte-americanos e o curta confirma essa hipótese. Mas por que se contentar com pouco mais de oito minutos se é possível reunir mais estrelas e realizar um longa seguindo o mesmo argumento? Essa é a base de "É o Fim".
Baruchel e Rogen então chamaram seus outros amigos para participar da empreitada. Para o roteiro, convidaram Evan Goldberg (responsável por "Superbad"), e como coprotagonistas nada menos que James Franco, Jonah Hill, Craig Robinson e Danny McBride.
Todos em algum momento contracenaram juntos em comédias de sucesso, como "Superbad", "Segurando as Pontas", "Ligeiramente Grávidos" e "Sua Alteza?" (esta última, o ponto fora da curva).
As mudanças do roteiro permitiram a presença de todos. Baruchel viaja a Los Angeles para passar o fim de semana com Rogen, jogando videogame, comendo junk food e fumando maconha. O inconveniente é que ambos precisam ir à festa de comemoração da nova casa de James Franco, repleta de famosos em participação especial.
Rihanna, Emma Watson, Michel Cera, Christopher Mintz-Plasse, Paul Rudd, Channing Tatum, Kevin Hart entre outros se prestam aos piores e mais engraçados papéis, tomando drogas e bebendo até cair. Tudo isso, até que o fim do mundo chega.
O apocalipse começa com o bíblico "arrebatamento", quando os justos e inocentes são elevados por Deus ao céu. Como ninguém na festinha se encontra nesse grupo, eles ficam na Terra mesmo quando o inferno emerge para pegá-los.
No estilo cada um por si, Baruchel, Rogen, Hill, Robinson e McBride se refugiam na casa de Franco, e os seis passam os dias ali, enquanto o mundo acaba à sua volta e as demais celebridades vão literalmente para o buraco.
Embora o roteiro exista, ele é pouco mais do que um guia para permitir as improvisações desse time afinado pela amizade na vida real. Como cada ator tem seu estilo, a comédia oscila entre pastelão, humor negro, constrangimento, ironia, sátira e muita baixaria.
Não se pode esquecer que se trata de um filme adolescente, feito por amigos que parecem rir, às vezes, mais do que o próprio espectador. Mas não deixa de ser curioso como eles utilizam a autodepreciação para fazer da bobagem um grande divertimento.
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