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"Maze Runner - Correr ou Morrer" faz ótima adaptação da saga literária juvenil

Rodrigo Zavala

Do Cineweb, em São Paulo

17/09/2014 15h58

Os fãs da trilogia literária Maze Runner, do norte-americano James Dashner, têm motivos suficientes para ver a adaptação do primeiro livro "Maze Runner - Correr ou Morrer", que estreia nesta quinta (18) nos cinemas.

Guardadas as limitações de uma versão para as telas, o filme é fiel ao original, mantendo o suspense da narrativa sombria e fantástica, entre as outras qualidades que fizeram desta história o sucesso que é.

Voltado ao público adolescente e protagonizado por jovens, o enredo tem como herói Thomas (Dylan O'Brien, da série de TV "Teen Wolf"). Ele acorda sem memória dentro de um elevador de carga, que o leva à Clareira, um espaço repleto de outros jovens amnésicos. O lugar é limitado por um gigantesco labirinto, que parece mudar com frequência diária, habitado por criaturas aterrorizantes chamadas verdugos.

Thomas logo descobre que os rapazes que ali vivem chegaram da mesma forma que ele, a cada 30 dias, e agora fazem parte de uma sociedade em que cada um tem um dever específico. Não se sabe porque estão presos lá, mas, em meio a essa situação extrema, é preciso ter alguma ordem, autorregulada.

Liderados por Alby (Ami Ameen), eles são divididos por aptidão. Alguns plantam, outros constroem, mas são os denominados "corredores" que chamam a atenção. Eles vasculham o labirinto para mapeá-lo, função que, mais tarde, Thomas mostrará destreza, mas não sem brigas com os demais componentes do grupo, como Gally (Will Pouter).

Diferentemente de seus colegas de infortúnio, Thomas não se resigna aos fatos e fará de tudo para sair dessa situação e descobrir o que está por detrás dela. Um mistério que só aumenta com a aproximação dos verdugos (insetos robôs que injetam uma toxina mortal em suas vítimas) e o aparecimento de Teresa (Kaya Scodelario), figura que o rapaz vê em seus enigmáticos sonhos.

Com edição ágil e bons efeitos digitais, a produção (assinada pelo novato em longas Wes Ball) pode agradar até mesmo ao público desavisado, que jamais folheou a obra de Dashner (que opinou no roteiro).

O senão ficaria por conta do protagonista, Dylan O'Brien, cuja a atuação unidimensional pode incomodar. Outro é a resumida e apequenada explicação final, que deveria trazer expectativas para a já engatilhada sequência, "Prova de Fogo", mas joga dúvidas lógicas sobre o que acaba de acontecer (o que não ocorre no livro).

Embora não tenha o mesmo vigor comercial de obras similares (de público e fantasia) como a franquia "Jogos Vorazes" ou mesmo "Divergente", não deixa de ser um bom início de série. O desavisado pode até não gostar da história, mas a adaptação é bastante competente.

*As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb