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Astro de "Tomorrowland", Clooney diz que se diverte quando seu personagem grita com crianças

Piya Sinha-Roy

De Los Angeles

20/05/2015 13h26

Dando um tempo na imensidão de temas sombrios e com o objetivo de atrair audiências jovens, a Disney decidiu reformular de uma forma mais leve mundo do futuro no mais recente filme de grande orçamento do estúdio, "Tomorrowland - Um Lugar Onde Nada é Impossível", que estreia nos Estados Unidos nesta sexta-feira (22).

No longa, as primeiras visões de utopia científica de Walt Disney ganham vida, dentro de um vibrante paraíso, em um reino paralelo que conseguiu levar ao topo o verdadeiro potencial da humanidade. Mas Tomorrowland é uma terra misteriosamente perdida, e a tarefa de recuperá-la e revitalizá-la recai sobre Casey Newton (Britt Robertson), uma determinada adolescente com certa aptidão para a ciência. 

A crença dessa jovem nesse lugar do futuro a leva em uma jornada junto a Frank Walker (George Clooney), um gênio recluso que uma vez acreditou na terra proibida, mas agora encontra-se exilado e amargo com o mundo. Quando o ator recebeu o roteiro para esse papel de um homem irritado de 55 anos, seu primeiro pensamento foi: "Por que você escreveu isto para mim?".

Conhecido por representar homens carismáticos e charmosos, Clooney, 54 anos, disse à Reuters que se divertiu fazendo o personagem.

Reuters: Como a utopia de "Tomorrowland" ressoa em um momento de tantos filmes distópicos?

George Clooney: Tudo o que você vê é apocalíptico hoje em dia, e este filme é uma coisa divertida de se fazer. Filmes geralmente refletem os sentimentos de um país ou do mundo.

Toda vez que você liga a televisão, é um pouco duro e difícil para sua alma, e este filme foi um jeito de contar uma história onde se diz que não é inevitável. Existem versões melhores, mas você precisa estar envolvido e precisa participar. E eu gostei disso. Foi uma pequena mensagem em um grande filme de entretenimento.

Frank possui um relacionamento interessante com Athena (Raffey Cassidy). Quando menino, ele se apaixonou por ela, mas ele cresceu, e ela não. Qual foi o maior desafio em transmitir esta conexão entre um homem e uma jovem menina?

Sem revelar o que acontece no filme, existe uma linha muito tênue sobre a qual andamos entre sermos muito estranhos, e então isto sempre foi algo que discutimos constantemente, não só filmando, mas até mesmo no processo de montagem.

Foi a parte mais delicada, eu acho, para todos nós ao contar a história, fazer disto uma história inventiva sem deixá-la muito estranha.

Do que você mais gostou em representar o rabugento Frank?

Foi muito divertido gritar com as crianças, foi uma boa diversão... Quando fiz "Plantão Médico" [série de TV dos anos 1990], tive o papel de um pediatra e, de vez em quando, pude gritar com uma criança, e isto foi divertido. Isto faz você rir, porque você conversa com as crianças pouco antes de gravar, então é como "Vamos gravar", e eu vou gritar "Ei, cala a boca". No momento que dizem "corta", todo o mundo começa a rir.

Gritar com crianças, quem não ama isso?

(Risos) Você não pode fazer isso na vida real, porque é errado. Mas nos filmes, é divertido!