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Ser indicado à Palma de Ouro é um presente, diz diretor de "Sieranevada"

Natalie Thomas

De Cannes (França)

13/05/2016 20h21

Parece apropriado que o diretor romeno Cristi Puiu, conhecido pelas histórias de realismo nu e cru sobre a vida cotidiana em sua terra natal, descreva seu filme mais recente, "Sieranevada", como uma oportunidade de corrigir erros do passado.

Puiu, que venceu a competição Un Certain Regard do Festival Internacional de Cinema de Cannes em 2005 com "The Death of Mr Lazarescu", apresentou sua nova produção na quinta-feira.

Repleto de tomadas longas e cenas estáticas, o drama romeno a respeito de uma reunião familiar registra os acontecimentos de uma cerimônia em homenagem a um parente falecido, revelando segredos familiares e animosidades mútuas à medida que o enredo se desenrola.

Indagado se ficou satisfeito com o resultado de "Sieranevada", Puiu disse que sim, mas que, como cineasta, sempre vê espaço para melhorar.

Puiu, de 49 anos, afirmou que ser indicado à Palma de Ouro é um privilégio, mas não um objetivo.

"É como um presente, quando você está fazendo um filme você não pensa na Palma de Ouro, não pensa no Urso de Ouro (do Festival Internacional de Cinema de Berlim), no Leão de Ouro (de Veneza) ou no Oscar", disse.

"Os problemas que você tem que resolver no set de filmagem são tão sérios que tudo que está relacionado a festivais de cinema é um planeta completamente diferente".