UOL CinemaUOL Cinema
UOL BUSCA
65o. Festival de Veneza - 2008

24/10/2006 - 12h17
Mais que Oscar, atriz Annette Bening procura bons papéis

Por Bob Tourtellotte

LOS ANGELES (Reuters) - O histórico de derrotas da atriz Annette Bening em matéria de Oscar exemplifica o velho ditado inglês "sempre a dama de honra, nunca a noiva", e na temporada de premiações que se aproxima a pergunta é se essa história irá se repetir.

O novo filme da atriz, o drama "Correndo com Tesouras", estreou nas maiores cidades americanas no último fim de semana e ganhará o circuito amplo nesta sexta. A atriz vem recebendo ótimas críticas por um papel que, conforme disse à Reuters, representa um novo desafio para ela.

Os responsáveis pelo filme fazem campanha para que Bening seja premiada, mas a atriz diz que só está interessada em receber bons papéis.

Suas chances de receber um Oscar vão depender de muitos fatores que estão além de seu controle: as vendas nas bilheterias e a concorrência de atrizes como Kate Winslet em "Little Children" e Helen Mirren em "The Queen", entre outras.

Aos 48 anos e casada com o ator Warren Beatty, Bening já passou por três campanhas anteriores pelo Oscar, e a cada vez saiu perdendo.

Indagada como se sente ao perder o maior prêmio de atuação do cinema mundial repetidas vezes, ela apenas sorri.

"Não sei. Nunca ganhei, então não tenho como fazer uma comparação", diz ela. "Mas acho que existem destinos piores."

Duas vezes antes, por "Adorável Júlia" de 2004, e "Beleza Americana", de 1999, Bening perdeu o Oscar de melhor atriz para Hilary Swank. Em 1990 ela perdeu o prêmio de melhor atriz coadjuvante, por seu papel em "Os Imorais", para Whoopi Goldberg.

"CORRENDO COM TESOURAS"

Seu filme mais recente é baseado numa autobiografa de Augusten Burroughs que conta como ele foi criado na década de 1970 por uma mãe maníaco-depressiva que quer ser uma poeta famosa.

A mãe, Deirdre (Bening), dá seu filho de 13 anos a seu psiquiatra para que este o crie. Mas o médico e sua família são tão problemáticos quanto ela.

Bening disse que, na condição de mãe de quatro filhos de 6 a 14 anos, ela "sentia vontade de salvar o garoto", mas, como atriz, seu trabalho era fazer o público compreender as motivações de Deirdre.

Existem aspectos da vida de Deirdre que podem suscitar a empatia do espectador. Ela busca reconhecimento como mulher criativa, não apenas como mãe e dona-de-casa. Ela é abandonada pelo marido e tem que criar seu filho sozinha. Em última análise, apesar do que ela faz, Deirdre só quer o melhor para seu filho.

Bening disse que achou instigante representar uma maníaca-depressiva, com suas alterações incompreensíveis de humor.

Até agora o papel vem sendo bem recebido. O crítico A.O. Scott, do New York Times, descreveu sua atuação como "precisa e implacável".

Mas "Correndo com Tesouras" vem recebendo algumas críticas duras, sendo descrito como "tragicomédia inconsistente" por Claudia Puig, do USA Today.


23/01/2007
22/01/2007
21/01/2007
19/01/2007
18/01/2007
09/01/2007
08/01/2007
30/12/2006
28/12/2006