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Ficha completa do filme

Drama

A Balada de Narayama (1983)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 4
A Balada de Narayama

Inesperado vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes sai numa cópia escura, em tela cheia, que parece comprimir as imagens. Este filme humano, sincero e emocionante, que segundo o diretor é apenas ficção, querendo mostrar que não se pode esquecer as raízes da pobreza e sofrimento do passado japonês.

O que choca ao ver o filme é a frieza com que Imamura manipula os dados para defender sua tese. Não há provas de que os camponeses realmente agissem assim, e por isso o filme não determina sua época. É de se supor que a ação se passe no fim da era Edo (1850-60), embora seja um anacronismo existirem armas de fogo.

Pontuando todas as ações com imagens de bichos, especialmente serpentes, tenta mostrar como os homens são animais, principalmente na conduta sexual. Não se usa luz artificial nos exteriores.

Funciona pela presença humana dos atores, principalmente Sumiko, que faz a velha, que na verdade tem 35 anos a menos que o personagem. Sua composição foi perfeita, a ponto de perder os quatro dentes da frente.

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