Três Homens e um Bebê (1987)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 2

Medíocre refilmagem de uma comédia francesa, "Três Solteirões e um Bebê", que foi supercampeã de bilheteria na França. A diretora-roteirista original era Coline Serreau, que começou este projeto mas foi afastada. Resultado: americanizaram e estragaram a história. Tudo é maior e absurdo. O comissário de bordo virou ator (o que torna difícil justificar suas viagens, e até efeminado ele ficou, o que é um absurdo dentro da trama), numa infeliz caracterização de Ted Danson.

A situação básica ainda é a mesma. Mas aqui mal se aproveita o charme do bebê. Guttenberg não tem nada a fazer, e Selleck é o único a livrar a cara. Não há justificativa para eles simplesmente não resolverem o problema contratando uma babá. Para piorar, a perseguição final é exagerada, as risadas são poucas e o é final absurdo. Se puder, prefira o original francês.

A ilustre veterana Celeste Holm faz a mãe de Danson. O filme ficou notório também por uma suposta aparição de um fantasma, numa cena no quarto quando Celeste Holm vem visitar o filho (capítulo 6 - 01h01min). O fantasma era atribuído a um garoto que teria morrido naquele apartamento (o que não podia ser verdade, já que as seqüências de interiores eram rodadas em estúdio). A equipe explicou posteriormente que se tratava de um "cut-up", um "boneco" de papelão em tamanho quase natural de Danson vestindo um smoking (tanto que mais tarde no filme esse "boneco" aparece). Teve a continuação em 1990, "Três Solteirões e uma Pequena Dama", com o mesmo elenco.