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Alien adolescente é protagonista da ação "Eu Sou o Número Quatro"

Alex Pettyfer protagoniza o filme "Eu Sou o Número Quatro" - Divulgação
Alex Pettyfer protagoniza o filme "Eu Sou o Número Quatro" Imagem: Divulgação

HELOÍSA DALL'ANTONIA

Da Redação

11/04/2011 07h00

"Eu Sou o Número Quatro", filme da DreamWorks que estreia nesta sexta (15), tem todos os ingredientes para se tornar uma febre entre o público jovem. Tem história de ETs, casal de protagonistas bonitinhos, muitas explosões, efeitos especiais a rodo, um cãozinho simpático e até o nerd-melhor-amigo. A trama, dirigida por D.J. Caruso, porém, peca pela velocidade. Tudo acontece rápido demais nos 109 minutos do longa e não precisaria ser assim.

Várias passagens interessantes do livro homônimo de Pittacus Lore (pseudônimo de James Frey e Jonie Hughes), que deu origem à trama, e que explicam um pouco mais dos anseios e angústias do Número Quatro, ficaram de fora do roteiro, o que torna a história muito simplista. Nada, é claro, que não possa ser corrigido com algumas sequências - sejam elas em outros filmes, numa série televisiva ou em qualquer outra mídia - porque, acredite, "Eu Sou o Número Quatro" não vai parar na primeira produção.

John Smith (Alex Pettyfer, que fez o papel título de "A Fera", com Vanessa Hudgens) é um adolescente como qualquer outro, exceto pelo fato de que é um dos poucos remanescentes do planeta Lorien, destruído quando ele ainda era um bebê. Seus pais, assim como todo o povo do lugar, foram mortos quando os mogadorianos invadiram e dizimaram seu planeta. Nove crianças, cada uma com um guardião, foram enviadas para a Terra, mas a raça que devastou Lorien continua a caçá-los (e se no meio disso precisarem destruir o nosso planeta, pelo qual têm desprezo completo, sem problemas).

Para ter tempo de crescer e desenvolver seus poderes (chamados Legados), o garoto e Henri (Timothy Olyphant), seu guardião, se passam por pai e filho e estão constantemente mudando de cidade, ao menor sinal de que podem ser rastreados (o que no século 21 quer dizer aparecer em uma foto do Facebook ou em um vídeo no Youtube).

Assim, depois de sentir na pele (literalmente) que o Número 3 havia sido morto (embora o filme não explique, os exilados só podem ser assassinados na ordem por conta de um encanto de proteção lançado neles antes de saírem de Lorien), o garoto segue, com seu responsável, para Paradise, em Ohio. Lá, cansado de se esconder, ele se envolve com Sarah (Dianna Agron, a Quinn de "Glee") e se interessa pelas histórias aparentemente malucas de Sam (Callan McAuliffe), um nerd cujo pai sumiu quando procurava por óvnis na região.

Não demora para que John chame a atenção na cidade (o ex-namorado de Sarah arma uma emboscada para que o garoto vire saco de pancada, mas obviamente o tiro sai pela culatra), fazendo com que os mogadorianos se aproximem cada vez mais. E é aí que tudo fica demasiadamente rápido.

O alien passa a ter ampla consciência de seus poderes e nem questiona quando seu cão tem atitudes suspeitas, ou quando recebe uma ajuda inesperada. Toda a maturidade que ele não aparentou ter no filme todo de repente toma conta do personagem em questão de cinco minutos de projeção, por coincidência, os mesmo minutos em que fica claro que a produção é de Michael Bay.

Efeitos especiais a parte, "Eu Sou o Número Quatro" traz diversas tiradas divertidas (principalmente com Sam) e deixa o espectador com o desejo real de saber quê rumo a trama vai tomar.