"Thor" combina mitologia nórdica, Shakespeare e humor em filme de super-herói
Desde que Nick Fury (Samuel L. Jackson) anunciou a Iniciativa Vingadores na cena surpresa ao fim de “Homem de Ferro” (2008), os fãs de quadrinhos acompanham os filmes de super-heróis da Marvel a procura de pistas do grande projeto que se encerrará em 2012, quando está prevista a estreia do longa “Os Vingadores”. "Thor”, que estreia no Brasil nesta sexta-feira (29), traz novos indícios. Nada que os marinheiros de primeira viagem não compreendam perfeitamente. A história do Deus do Trovão, banido do reino mágico de Asgard, é acessível a todos os públicos.
Thor (Chris Hemsworth) é filho de Odin (Anthony Hopkins), herdeiro do trono de Asgard. A linha de sucessão muda quando a impulsividade do primogênito do Pai de Todos causa o renascimento de rixas antigas com os Gigantes de Gelo. Com a guerra reiniciada, Odin decide exilar seu filho na Terra para aprender a ser humilde.
No reino dos mortais, ele é encontrado (atropelado, na verdade) pela cientista Jane Foster (Natalie Portman). A moça pesquisa a relação de fenômenos atmosféricos com astronomia e fica intrigada com a aparição do musculoso desconhecido. Não demora muito para que Thor também atice a curiosidade da Shield, repartição do governo responsável por pesquisa de metahumanos.
TRAILER DO FILME ''THOR''
É nessa mistura de magia e ciência que o roteiro de “Thor” se desenvolve - os famosos buracos de minhoca dos físicos são a ponte de arco-íris dos asgardianos, por exemplo. A fala complicada do protagonista, outra característica dos quadrinhos, é bem assimilada no filme e cria momentos cômicos.
Kenneth Branagh, famoso por adaptações shakespearianas, é o responsável pela direção. Sua experiência com o texto do dramaturgo inglês poderia ser motivo de medo, mas foi usada muito bem. “Thor” traz elementos de Shakespeare, mais especificamente de “Hamlet”, “Rei Lear” e de “Henrique V”.
Mesmo com essa característica, “Thor” não perde a essência do filme de super-herói, com muitos efeitos visuais e um andamento acelerado. Seu público-alvo primordial são os jovens, ansiosos pelo futuro encontro dos personagens da Marvel em 2012.
Nesse assunto, referências a filmes passados, como “O Incrível Hulk”, e a aparição de personagens que claramente serão mais bem explorados no futuro, como o Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), dão mais forma ao universo que culminará em “Os Vingadores”.
ENQUANTO ISSO, EM ALBUQUERQUE, NO NOVO MÉXICO...
A produção de "Os Vingadores" começou nesta terça (26), em Albuquerque, no estado norte-americano do Novo México. Dirigido por Joss Whedon ("Serenity"), que também assina o roteiro, o filme continuará a fotografia principal em Cleveland (Ohio) e Nova York. Continuando as aventuras iniciadas em "Homem de Ferro", "O Incrível Hulk", "Homem de Ferro 2", "Thor" e "Capitão América: O Primeiro Vingador", "Os Vingadores" encerra as origens e o encontro de todos esses super-heróis. Quando surge um inimigo inesperado que ameaça a segurança mundial, Nick Fury (Samuel L. Jackson), diretor da agência internacional de paz conhecida como Shield, se vê na necessidade de formar uma equipe para tirar o mundo da beira do desastre. O lançamento no Brasil está previsto para 4 de maio de 2012. |
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