Topo

Jim Carrey lança filme no Rio e conta como foi contracenar com pinguins

DANIEL MILAZZO

Colaboração para o UOL, no Rio

27/06/2011 15h49Atualizada em 27/06/2011 16h34

O ator canadense Jim Carrey resolveu lançar seu mais novo filme, um longa metragem no qual contracena com pinguins, no rigoroso inverno do... Rio de Janeiro. Apesar do vento frio e céu nublado que encobre a capital fluminense nesta segunda-feira (27), a meteorologia não se compara à do longa "Os Pinguins do Papai", no qual o apartamento do empresário Sr. Popper (personagem de Carrey) procura recriar as condições naturais da Antártida após a inusitada herança que recebe de seu pai, um velejador que explorou os quatro cantos do planeta.
 
"Os brasileiros não me deixam em paz! Ficavam sempre pedindo para que eu viesse aqui. Vim para dizer 'oi' e conhecer um novo país", justificou Carrey em entrevista coletiva concedida esta tarde no Hotel Copacabana Palace. Em sua primeira passagem pelo Brasil, o ator canadense também revelou o interesse em conhecer a Amazônia. "Gosto de ser caçado na floresta".
 
Sorridente, Carrey contou que durante as filmagens do novo filme, ele tinha que alimentar os pinguins. "Eles me bicavam o tempo todo. Não sabiam a diferença entre um peixe e um dedo", disse. Por outro lado, o maior desafio não foi contracenar com animais, mas encarar o frio no set.

O ator, conhecido por suas caretas, disse que preferiu trabalhar com animais de verdade do que com robôs. "Sempre havia interferência de aparelhos como celulares, iPad, e eles [os pinguins mecânicos] ficavam descontrolados. O interessante dos pinguins de verdade é a imprevisibilidade. Eles berram no meio de uma fala. É o que a gente às vezes tem vontade de fazer", contou Carrey.
 
Além disso, o astro de Hollywood também destacou o caráter peculiar do pinguim, desengonçado por natureza, com o qual o homem pode estabelecer similaridades. "Pinguins são deslocados, não são peixe, não são pássaro, andam de um jeito engraçado. Mas é difícil ficar triste quando se está perto de um pinguim. Eles representam algo que está dentro de nós mas que não conhecemos ao certo", declarou o ator.
 
O filme é baseado no livro do casal Florece Atwater e Richard Atwater, escrito em 1938, que se tornou um clássico da literatura infantil nos Estados Unidos. No filme estrelado por Carrey, a surpreendente chegada dos seis pinguins a Nova York irá mudar não só a rotina do bem-sucedido empresário do ramo imobiliário, mas também o relacionamento com sua família.


"Você cozinha?"

Jim Carrey ficará no Rio até esta quarta-feira (29). Indagado sobre qual seria sua agenda até lá, o ator devolveu a pergunta à repórter que havia feito a pergunta. "Você cozinha? Poderíamos ir na sua casa", brincou fazendo as vezes de galanteador. Carrey disse que provavelmente ainda subirá ao Pão de Açúcar.
 
Neste domingo (26), o ator visitou o Cristo Redentor e ficou maravilhado com o que viu lá de cima. "Foi de parar o coração ver o Rio daquela perspectiva. A estátua parece proteger as pessoas", contou o ator, que definiu os brasileiros como "pessoas muito cordiais". Carrey aproveitou a coletiva para elogiar o "talento formidável" do ator brasileiro Rodrigo Santoro. Os dois atuaram juntos no filme "O Golpista do Ano" (2010). "Nós temos o telefone um do outro. Vamos nos encontrar em Los Angeles com certeza", completou.


Continuações

Jim Carrey disse que aceitaria um convite de trabalhar no Brasil. Também afirmou que sempre preferiu participar de novos filmes do que fazer continuações, mas dada a quantidade de pedidos ele agora está considerando a ideia. Segundo ele, a continuação mais requisitada é a do filme "Débi e Lóide" (1994), famoso pela hilária atuação de carrey com Jeff Daniels.

Trailer legendado de "Os Pinguins do Papai"