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Paulínia premia "Febre do Rato" com oito Meninas de ouro

ALYSSON OLIVEIRA

Do Cineweb, de Paulínia

15/07/2011 00h03

Numa noite em que Claudio Assis subiu ao palco várias vezes, “Febre do rato” dominou a premiação do 4º Paulínia Festival de Cinema, com 8 prêmios, entre eles, o da crítica, melhor filme, ator e atriz.  “Sou um velho, mas o novo sempre. Agradeço à crítica por acreditar”, disse Claudio Assis ao receber o prêmio das mãos de Ivonete Pinto, vice-presidente da recém criada Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Era só a primeira vez que Claudão, como é conhecido subia ao palco.

“Não faço filmes para ganhar prêmios, mas para dialogar com pessoas que amo e acreditam numa ideia. O Polo e o Festival de Paulínia são uma semente. Eu aposto nessa semente. A cidade está de parabéns por acreditar no cinema e no teatro”, disse o diretor premiado ao final da noite.

“O palhaço”, de Selton Mello, um dos favoritos aos prêmios também, levou melhor diretor e roteiro – escrito por Selton e Marcelo Vidicatto. Esta é a segunda vez que ele é premiado pela direção no Paulínia Festival de Cinema. Em 2008, ele ganhou por “Feliz Natal”. “Eu sou um neófito como diretor, ainda tenho muito feijão para comer. E estou a fim de comer muito feijão. Foi uma honra ganhar o prêmio nessa edição”, comemorou no palco.

A premiação de elenco se dividiu entre três filmes. Nanda Costa e Irandhir Santos ganharam atriz e ator por “Febre do Rato”. Ela comparou a equipe do filme a uma família, enquanto ele, elogiou seu segundo trabalho com Claudão. “Fazer cinema com ele, é aprender a olhar o mundo de maneira direta e honesta”, disse o ator. Esta é a segunda vez que Irandhir é premiado em Paulínia. Em 2009, ele ganhou como coadjuvante por “Olhos Azuis”.

Os prêmios de coadjuvantes foram para María Pujalte, de “Onde está a felicidade?” e Moacyr Franco, de “O palhaço”. Foi Selton Mello quem o representou no palco, que apesar de sua longa carreira, nunca tinha trabalhado em um longa. “Ele é um cantor que eu via quando criança. É a primeira aparição dele no cinema, e um prêmio muitíssimo merecido”.

Vladmir Carvalho, ao subir ao palco, para receber o prêmio de melhor documentário, por “Rock Brasília – A era de ouro”, retribuiu o prêmio ao seu irmão, o diretor de fotografia Walter Carvalho – também premiado no Festival, por “Febre do Rato”. “Nem tudo são flores no cinema brasileiro. Há muita luta pela luta muita coisa para se conquistar”.

Antes da cerimônia de premiação, foi exibido o longa “Assalto ao banco central”, que marca a estreia em cinema do diretor de televisão e ator Marcos Paulo. O filme traz no elenco Lima Duarte, Eriberto Leão, Milhem Cortaz e Hermila Guedes, que estavam presentes na sessão. “Estamos realizando hoje um projeto que começou há dois anos atrás, com a cara e a coragem”, disse o diretor. O filme chega aos cinemas no próximo dia 22.

Veja a lista completa dos premiados:


Filmes de longa-metragem

Melhor Filme ficção (R$ 250 mil): Febre do rato de Claudio Assis

Melhor Documentário (R$ 100 mil): Rock Brasília, de Vladmir Carvalho

Especial Júri (R$ 35 mil): Trabalhar cansa, de Marco Dutra e Juliana Rojas

Melhor Diretor ficção (R$ 35 mil): Selton Mello, por O palhaço

Melhor Diretor Documentário (R$ 35 mil): Maíra Brühler e Mathias Mariani, por Ela sonhou que eu morri

Melhor Ator (R$ 30 mil): Irandhyr Santos, por Febre do rato

Melhor Atriz (R$ 30 mil ): Nanda Costa, por Febre do rato

Melhor Ator coadjuvante (R$ 15 mil): Moacyr Franco, O palhaço

Melhor Atriz coadjuvante (R$ 15 mil): María Pujalte, por Onde está a felicidade?

Melhor Roteiro (R$ 15 mil): Selton Mello e Marvelo Vindicatto, O palhaço

Melhor Fotografia (R$ 15 mil): Walter Carvalho, por Febre rato

Melhor Montagem (R$ 15 mil): Karen Harley, por Febre do rato

Melhor Som (R$ 15 mil): Gabriela Cunha, Daniel Turini, Fernando Henna, por Trabalhar cansa

Melhor Direção de arte (R$ 15 mil): Renata Pinheiro, por Febre do rato

Melhor Trilha Sonora (R$ 15 mil): Jorge du Peixe, por Febre do rato

Melhor Figurino (R$ 15 mil): Kika Lopes, por O palhaço

Prêmio da crítica

Melhor longa ficção: Febre do Rato, de Cláudio Assis

Melhor documentário: Uma Longa Viagem, de Lúcia Murat

Melhor curta: Tela, de Carlos Nader

Filmes de curta-metragem - Nacional

Melhor filme (R$ 25 mil): Tela, de Carlos Nader

Melhor Direção (R$ 15 mil): Gabriela Amaral Almeida, por Uma primavera

Melhor Roteiro (R$ 10 mil): Gustavo Suzuki, por O pai daquele menino

Filme de curta-metragem - Regional

Melhor filme (R$ 25 mil): Argentino

Melhor Direção (R$ 15 mil): Diego da Costa, por Argentino

Melhor Roteiro (R$ 10 mil): Cauê Alves e Maurivio de Almeida por 3x4

Prêmios do Júri Popular

Melhor longa ficção (R$ 25 mil): Onde está a felicidade?, de Carlos Alberto Riccelli

Melhor documentário (R$ 15 mil): À margem do Xingu, de Damiá Puig

Melhor curta metragem nacional (R$ 5 mil): Café turco, de Thiago Luciano

Melhor curta-metragem regional (R$ 5 mil ): Argertino, de Diego da Costa