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Lázaro Ramos volta aos cinemas com o filme "Amanhã Nunca Mais"

Filme "Amanhã Nunca Mais", de Tadeu Jungle, traz Maria Luísa Mendonça e Lázaro Ramos no elenco - Divulgação
Filme "Amanhã Nunca Mais", de Tadeu Jungle, traz Maria Luísa Mendonça e Lázaro Ramos no elenco Imagem: Divulgação

MICHELE GOMES

Colaboração para o UOL, do Rio

16/10/2011 11h10

Desde "Ó paí, ó", de Monique Gardenberg, Lázaro Ramos não aparecia nas telonas. Após um hiato de quatro anos, o ator voltou aos cinemas com "Amanhã Nunca Mais", de Tadeu Jungle, cuja pré-estreia aconteceu na noite deste sábado, pela Première Brasil do Festival do Rio. O filme conta a história de um homem que não é capaz de negar nada a ninguém. Ele, inclusive, só fala a palavra "não" duas vezes, durante 78 minutos de exibição.

"Ao longo desse tempo, eu fiz alguns trabalhos para o cinema, mas os filmes demoram muito a ser lançados, por isso fiquei sumido. Mas eu estava com muita saudade de me ver na telona. Aceitei trabalhar em  'Amanhã nunca mais' na hora que li o roteiro. Adoro fazer filmes de estreia dos diretores novos. Foi uma honra trabalhar com o Tadeu, porque ele tem um estilo próprio e isso me deixa estimulado", disse Lázaro, que acabou de se despedir do personagem André, na novela da TV Globo "Insensato Coração".


Apesar de ter se encantado com Wagner, seu personagem na produção, Lázaro conta que  é o extremo oposto e condena alguns de seus atos.

"Meu personagem é um herói do mínimo. Ele não precisa matar um dragão para ser admirado; só precisa entregar um bolo. E é quando a vida dele muda. É um cara que não sabe dizer não e tem a vida arruinada por causa disso. Sou o oposto dele. Acredito que se violentar para agradar alguém não está certo", concluiu.

Após trabalhar em filmes publicitários e séries de TV, Tadeu foi se aventurar em um projeto de longa-metragem. E seu primeiro trabalho foi muito elogiado pelo público que lotou o cinema Odeon. Uns disseram que Lázaro merece ganhar o troféu Redentor de melhor ator, outros elogiaram a direção, e muitos aplaudiram a trilha sonora de Arnaldo Antunes. O fato é que o diretor estreante só tem motivos a comemorar na produção que custou R$ 3 milhões.

"Eu queria fazer um filme rapidamente. E busquei um personagem que pudesse sofrer uma mutação completa de personalidade. Eu sonhava ter o Lázaro para interpretar esse papel, mas ele não me conhecia, eu sou estreante... Achei que ele não fosse topar, mas deu tudo certo e o resultado ficou maravilhoso. Lázaro é o Al Pacino brasileiro. Estar no Festival do Rio com um filme de estreia cujo protagonista é um dos maiores atores brasileiros já é uma enorme vitória", comentou Jungle, que ainda revelou que seu próximo filme será um terror.

Fernanda Machado é Solange, mulher de Wagner, que vive se decepcionando com o marido, já que, para agradar os outros, ele sempre sacrifica a família. 

"Esse filme foi o trabalho no qual me senti mais à vontade atuando. Nunca tive tanta liberdade de criar e sugerir coisas que não estavam no roteiro. É a história de um casal muito real e as situações são comuns a várias famílias. É muito comum não saber dizer não", concluiu a atriz, que também fez uma participação em "Insensato Coração", com Lázaro.