George Clooney dirige e estrela um dos únicos blockbusters na programação da Mostra de SP
Um dos únicos títulos da programação da Mostra de São Paulo 2011 com vocação para blockbuster, "Tudo pelo Poder", novo filme de George Clooney na direção, estreia no festival paulista nesta terça-feira (1).
O filme, que abriu o Festival de Veneza deste ano, no fim de agosto, tem elenco recheado de astros (o próprio Clooney à frente, ao lado de Philip Seymour Hoffman, Paul Giamatti e do astro ascendente Ryan Gosling)e aborda tema sério, com óbvias semelhanças com os bastidores reais, inclusive partidários, das campanhas presidenciais seu país de origem.
Em entrevista coletiva durante o festival italiano, Clooney, que vive no filme um pré-candidato à presidência americana, afirmou não ter nenhuma vontade de participar da política diretamente, como candidato na vida real. “Há um cara no poder, muito melhor e mais qualificado do que eu, que está tendo uma enorme dificuldade para governar. Por isso, acho muito difícil alguém se animar a postular o seu posto”.
Público e notório apoiador do Partido Democrata e do presidente Barack Obama na última eleição presidencial, o ator e diretor também descartou que seu filme, que adapta uma peça de Beau Willimon (“Farragut North”) e retrata os meandros, inclusive sórdidos, da disputa à indicação presidencial de dois candidatos democratas, seja um tapa direto na cara do atual governo dos Estados Unidos.
O ator preferiu ser mais genérico e até compreensivo em relação a Obama: “É um tempo muito difícil para governar, esteja-se do lado que se estiver”. Ele também relativizou a mensagem pessimista do filme em relação à política partidária, ainda que, na história, mesmo o mais idealista dos assessores, Stephen Meyers (Ryan Gosling) finalmente não se mostre imune ao pior do pragmatismo e do cinismo dos dois outros chefes de campanha dos candidatos (Paul Giamatti e Philip Seymour Hoffman). Disse Clooney: “Sou otimista, acredito que em algum momento isto vai mudar. Espero que mude”.
TRAILER DE "TUDO PELO PODER"
Embora sejam óbvios, no enredo, referências a escândalos sexuais de presidentes democratas de passado mais ou menos recente (John F. Kennedy e Bill Clinton os mais notórios), o ator e diretor frisou: “Meu trabalho não é aconselhar ninguém. Também não sou nenhum Dominique Strauss-Khan ou coisa parecida”.
Clooney também acha que a questão de moralidade que impregna “Tudo pelo Poder” não é exclusiva da política. “Os mesmos desafios de moralidade, de vender sua alma, podem acontecer em quaisquer outros setores, Wall Street e outros”.
Indagado se também para fazer cinema deve fazer concessões e compromissos como os que realiza o candidato que interpreta no filme, Mike Morris, o diretor afirmou: “Claro que atores e diretores têm que fazer concessões e compromissos, por conta de orçamento e outros assuntos. Mas são de natureza muito diferente. Nenhum deles implica a vida ou a morte de qualquer pessoa.Estamos como que num parque de diversões, nosso negócio é atuar”.
Na mesma linha, Philip Seymour Hoffman, intérprete de Paul Zara, um dos assessores políticos, acrescentou: “É bom lembrar também que há uma grande diferença entre Hollywood e Washington”. A isto aderiu também Paul Giamatti, intérprete do outro assessor, Tom Duffy: “Hollywood parece um parque infantil comparado a Washington”.
"Tudo pelo Poder" tem estreia no Brasil prevista para 23 de dezembro.
TUDO PELO PODER
Ter. (1), às 22h10, no Frei Caneca Unibanco Arteplex 1 (shopping Frei Caneca - r. Frei Caneca, 569, 3º piso, Cerqueira César, tel. 0/xx/11/3472-2362)
Qua. (2), às 20h20, no Espaço Unibanco Pompeia 1 (shopping Bourbon Pompeia - r. Turiassu, 2100, 3º Piso, Pompeia, tel. 0/xx/11/3673-3949)
Qui. (3), às 22h20, no Frei Caneca Unibanco Arteplex 3 (shopping Frei Caneca - r. Frei Caneca, 569, 3º piso, Cerqueira César, tel. 0/xx/11/3472-2362)
A programação está sujeita a alterações.
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