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Indicado ao Oscar, Brad Pitt diz que "O Homem que Mudou o Jogo" é um filme "sobre como colocamos valores nas pessoas"

Brad Pitt e Jonah Hill em cena do filme "O Homem que Mudou o Jogo", de Bennett Miller - Reuters
Brad Pitt e Jonah Hill em cena do filme "O Homem que Mudou o Jogo", de Bennett Miller Imagem: Reuters

Edu Fernandes

Do UOL, de Cancún (México)*

15/02/2012 07h00

Se não fossem pelas seis indicações ao Oscar e Brad Pitt (“A Árvore da Vida”) no papel principal, dificilmente “O Homem que Mudou o Jogo” seria conhecido pelas plateias brasileiras, que não está familiarizada com o beisebol. O filme conta a história de como foi criado um novo método para montar times do esporte popular nos Estados Unidos e estreia no circuito brasileiro na próxima sexta-feira (17).


Para não afugentar os espectadores que desconhecem as regras do beisebol, os atores e o diretor do filme, durante evento de divulgação da Sony Pictures realizado em Cancún, deixaram claro em suas falas que o foco da história é nos personagens e não nas tecnicalidades.

“É sobre como colocamos valores nas pessoas”, disse Brad Pitt em conversa com a imprensa internacional. O diretor Bennett Miller (“Capote”) falou sobre essa preocupação. “Dá para perceber que não é apenas um filme de beisebol, mas no final das contas as pessoas vão rotulá-lo assim”. O ator Jonah Hill (“Cyrus”) completa o raciocínio: “Eu vi um filme sobre pessoas que são subestimadas”.

A história, “pequena e muito íntima” segundo o diretor, gira em torno de Bill (Pitt), o general manager (como se fosse um dirigente de um time de futebol) do time Oakland Athletics no começo do século 21. “Ele era um jogador e desistiu para ser olheiro”, conta Pitt.


Depois de perder um campeonato, o time é desfalcado de suas maiores estrelas, que assinam contratos com outros times. Para remontar sua equipe com um orçamento apertado, Bill escala o economista Peter, vivido por Jonah Hill, que usa um método inovador para escolher jogadores. “Bill dá uma chance para esse cara brilhar”, atesta Hill.

“Em uma época de crise, eles reinventaram o jogo para encontrar uma nova maneira”, conta Brad Pitt. “Eles encontraram uma imensa ineficiência na forma como o sistema avalia os jogadores”.

O filme é baseado em uma história real, mas algumas adaptações foram realizadas. O próprio personagem do economista é ficcional. “Ele é uma mistura de muitas pessoas que trabalharam com Bill”, conta Jonah Hill, que faz sua estreia em dramas. “Fazer filmes dramáticos é algo novo para mim”, diz ele, indicado ao Oscar de ator coadjuvante por “O Homem que Mudou o Jogo”. “Atuar com caras tão bons e não sair terrível é maravilhoso”.

Indicado como melhor ator principal pela segunda vez, Brad Pitt já acumulou mais experiência em filmes de drama. Mesmo assim, confessa que o trabalho não é sempre fácil, apesar de estimulante. “É como estar em um rinque”, disse. “Você ama a luta, mas toma alguns socos”.

* O repórter viajou a Cancún a convite da Sony Pictures.

TRAILER DE "O HOMEM QUE MUDOU O JOGO"