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Drácula italiano em 3D exibido em Cannes não assusta nem criança

Cena do filme "Dracula 3D", de Dario Argento - Divulgação
Cena do filme "Dracula 3D", de Dario Argento Imagem: Divulgação

Thiago Stivaletti

Do UOL, em Cannes

20/05/2012 13h21

Todo cinéfilo que é fã de filmes de terror já ouviu falar do italiano Dario Argento, responsável por clássicos do gênero nos anos 1970 como "Prelúdio para Matar" ("Profondo Rosso", de 1975) e "Suspiria" (1977, que vai ganhar remake americano em breve).

Hoje com 72 anos, Argento participa do Festival de Cannes com o primeiro "Drácula" filmado em 3D. A história é fiel ao livro de Bram Stoker, assim como o filme que Francis Coppola dirigiu em 1992. Mas o resultado... quanta diferença.

Tirando a novidade do 3D, o "Drácula" do italiano poderia ter sido feito há 40 anos. Tem quartos e salas carregados de móveis e todos forrados de vermelho. O conde vampiro é um galã alemão que atua no limite da canastrice. Apesar de tentar aproveitar bem os efeitos do 3D, as cenas de terror tem um jeitão artesanal e a ingenuidade de muitos filmes de terror dos anos 1970 – e, com exceção talvez de "O Exorcista", os filmes de terror antigos não costumam assustar nem mais criança hoje em dia.

Os fãs do diretor, no entanto, devem se esbaldar. De brinde, "Drácula 3D" tem um leve tom de pornochanchada, com cenas de pornô leve e direito a nu frontal (melhor ainda, em 3D) da filha do diretor, Asia Argento, musa do cinema independente.