Topo

Com Negrini e Ximenes, longa "O Gorila" mostra mistura de gêneros em estreia no Rio

Otávio Müller e Alessandra Negrini em cena de "O Gorila" - Divulgação
Otávio Müller e Alessandra Negrini em cena de "O Gorila" Imagem: Divulgação

Fabíola Ortiz

Do UOL, no Rio de Janeiro

05/10/2012 01h21

De baixo orçamento, o longa  “O Gorila”, de José Eduardo Belmonte, é um dos filmes que aposta na transgressão de gêneros para conquistar o público. Exibido na sessão de gala no Cine Odeon, na noite de quinta-feira (4), durante o Festival de Cinema do Rio, a ficção de 90 minutos é uma adaptação do conto de Sérgio Sant'Anna que mescla drama, romance, uma pitada de humor e nuances de suspense.

“A história é o conto de um ex-dublador que resolve se reinventar numa época de final de  ano com um personagem chamado gorila. Ele liga para mulheres e, num certo momento, recebe uma ligação no Natal de uma mulher que ia se matar e procura conhecer essa pessoa. Aí começa um turbilhão nessa história que vira um thriller. Tem drama, mas no fundo, é um história de amor”, resume ao UOL o diretor minutos antes da pré-estreia. Com um orçamento de R$ 1 milhão, o filme foi rodado em três semanas no final de 2011 na cidade de São Paulo.

Na trama, Otávio Müller protagoniza o dublador, um homem solitário atormentado por lembranças de sua infância. No elenco, Mariana Ximenes e Alessandra Negrini contracenam com Müller. A expectativa era grande para a primeira exibição do filme na noite desta quinta, admitiu Belmonte que dirigiu “Se Nada Mais der Certo”, que levou os prêmios de melhor longa de ficção e de melhor atriz do Festival do Rio 2008. Recentemente, lançou a comédia “Billi Pig” (2012) estrelada por Selton Mello com Otávio Müller no elenco.

“É ótimo estar aqui no festival. Estou confiante, é um filme que tem suas radicalidades mas é bacana. Este é um filme de baixo orçamento, o famoso B.O. Mas hoje em dia, os melhores filmes brasileiro são de baixo orçamento”, realçou Belmonte.

Para Müller, este papel foi um “trabalho diferente”, definiu. “Tem muito de romance, mas não vou saber definir o gênero. O Belmonte é especial, um grande diretor. Ele é um tesão no set e tem uma preparação muito grande de ensaio que se assemelha ao teatro de certa maneira. Além de desdobrar e aprofundar o personagem”, afirmou o protagonista.

Alessandra Negrini esteva acompanhada do namorado, o fotógrafo João Weiner, e do filho Antônio, de 15, e conversou rapidamente com a imprensa no tapete vermelho. “Meu personagem é a Rosalinda, é uma das vítimas do gorila que passa trotes. Ele (filho) gosta, sempre vem me prestigiar, mas eu dou uma insistida”, brinca. Quanto ao trabalho sob a direção de Belmonte, Negrini disse ter sido uma “delícia” fazer o filme. “Vou ver pela primeira vez agora, estou apostando muito. Trabalhar com o Belmonte é um prazer”.

Já Mariana Ximenes, disse estar “super curiosa” pois também ainda não havia visto o filme. “Meu personagem é a Cintia, que é um mistério. Filmar com o Belmonte foi um bom aprendizado, um processo muito interessante e agora vamos ver o resultado. A gente sempre torce para que o público goste do filme”.