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Morre atriz Sylvia Kristel, estrela do filme erótico "Emmanuelle"

A atriz Sylvia Kristel em cena do filme "Emmanuelle" (1974), do diretor Just Jaeckin - Divulgação
A atriz Sylvia Kristel em cena do filme "Emmanuelle" (1974), do diretor Just Jaeckin Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

18/10/2012 09h03

A atriz holandesa Sylvia Kristel, famosa em todo o mundo como a protagonista do filme erótico "Emmanuelle", de 1974, morreu em sua casa, em Amsterdã, durante a noite de quarta-feira (17), vítima de câncer, informou a agência que administrava sua carreira.

"Ela morreu durante a noite, durante o sono", disse à AFP Marieke Verharen, da agência Features Creative Management, que representava a atriz de 60 anos. Ela sofreu durante meses com um câncer de esôfago.

Em junho deste ano, Sylvia já havia sofrido um derrame em casa e precisou ser levada ao hospital com urgência.

Kristel, que será enterrada em cerimônia fechada, foi casada com o escritor Hugo Claus, com quem teve seu filho Arthur, e nos últimos anos foi "muito feliz" com Peter Brul, segundo seu site pessoal.

Trajetória
Sylvia Kristel iniciou sua carreira como modelo juvenil, e em 1972 foi escolhida Miss TV Europe, o que a tornou conhecida nos bastidores do cinema.

A atriz ganhou fama internacional por seu papel em "Emmanuelle", filme de grande êxito internacional dirigido por Just Jaeckin, e apareceu também em várias de suas sequências. Além do clássico, atuou em cerca de 50 filmes internacionais, muitos de conteúdo erótico.

Entre os papéis de destaque, estão o de "Lady Chatterley" na adaptação para o cinema do famoso romance de D. H. Lawrence, e o de Mata Hari, no filme homônimo sobre a vida da espiã.

Adeus, "Emmanuelle"

Na segunda metade dos anos 1970 a atriz teve problemas de dependência de drogas e álcool. Em 2003, descobriu um câncer de garganta de que chegou a se recuperar, e em seguida ainda participou de algumas produções.

Em 2006, ela ganhou um prêmio especial do júri no Festival de Tribeca pela animação “Topor and Me”, dirigida por ela e que conta a história do cenário cultural parisiense dos anos 1970, quando ela começou a filmar “Emmanuelle”.

Nos últimos anos a atriz morava em Amsterdã, onde expunha ocasionalmente suas pinturas.

Diretor de “Emmanuelle” lamenta morte
O diretor Just Jaeckin lamentou a morte da atriz, com quem ainda mantinha contato, apesar de os dois não se falarem desde fevereiro deste ano. “Estou muito triste. Ela era como uma irmã mais nova”, disse em entrevista à agência de notícias Associated Press.

Jaeckin afirmou que sabia que Kristel era destinada ao papel de protagonista de “Emmanuelle”, mas ressaltou que o filme não trouxe só coisas boas para eles. “Quando a vi, fiquei impressionado. Nós começamos juntos. Mas ‘Emmanuelle’ trouxe-nos  grandes problemas. Ficamos um pouco marcados. Era um filme muito criticado e agora é cult”.


*Com informações das agências AFP, EFE e Associated Press