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Mexicano Guillermo Arriaga agrada o público em Veneza

O cineasta mexicano Guillermo Arriaga e a atriz Ingeborga Dapkunaite posam com o Presidente do Juri do Festival de Veneza, Quentin Tarantino, na abertura da 67ª edição da mostra  - Vincenzo Pinto/ AFP
O cineasta mexicano Guillermo Arriaga e a atriz Ingeborga Dapkunaite posam com o Presidente do Juri do Festival de Veneza, Quentin Tarantino, na abertura da 67ª edição da mostra Imagem: Vincenzo Pinto/ AFP

04/09/2010 19h12

VENEZA - O curta-metragem "El Pozo", do mexicano Guillermo Arriaga, foi recebido hoje com aplausos na sessão paralela Horizontes do 67º Festival Internacional de Cinema de Veneza, que vai até o próximo dia 11.

Muito estimado na Itália, tanto como diretor quanto como roteirista, Arriaga cativou o público que se reuniu neste sábado para assistir à sua produção, de apenas oito minutos.

"El Pozo" conta a história de um avô que assiste, impotente e desesperado, a morte de um neto que caiu em um poço.

Solicitado pela TV Azteca para celebrar os 200 anos da independência e os 100 anos da Revolução Mexicana, datas comemoradas neste ano, o curta, ambientado na fase mais tumultuada desse período, "mostra as vítimas silenciosas desse conflito, os inocentes descartados ou sacrificados pelos poderes constituídos, observados à distância", esclareceu o cineasta.

Em uma época de crise mundial, "onde cada vez é mais difícil encontrar financiamento para um projeto de longa-metragem, um curta é a solução ideal para continuar criando", complementou Arriaga, que já analisa as próximas produções para retornar a Veneza como diretor, como fez há dois anos com sua obra "Vidas que se Cruzam" (2008).

Sobre o bicentenário, o mexicano afirmou que é uma comemoração "útil para celebrar o que somos e reafirmar nossa identidade. Todos os países tiveram que enfrentar em sua história momentos dolorosos e cruéis. Recordá-los é ajudar a ter uma visão verdadeira de nós mesmos".