Filmes da Alemanha e EUA levam prêmios principais de Tribeca
Por Christine Kearney
NOVA YORK - Um filme alemão sobre uma jovem que se muda para Berlim para fugir de uma vida opressiva em Istambul e um documentário sobre um casal com síndrome de Down receberam os prêmios máximos do Festival Tribeca de Cinema. "When We Leave" ("Die Fremde"), da diretora austríaca Feo Aladag, ganhou dois prêmios: o de melhor longa-metragem narrativo e o de melhor atriz (a alemã Sibel Kekilli).
"Monica & David", da diretora novata Alexandra Codina, levou o prêmio de melhor documentário pelo retrato de um casal norte-americano apaixonado e com síndrome de Down que prepara seu casamento.
Lançado em 2002 e tendo se tornado um festival de cinema de peso importante desde então, Tribeca já exibiu em anos anteriores filmes que acabaram fazendo sucesso junto à crítica, incluindo "Um Táxi para a Escuridão". Este ano o festival lançou um ramo de distribuição e a exibição online de seus filmes para o público que os assistiu pela Internet.
Os filmes premiados fazem parte dos 85 longas-metragens - 55 narrativos e 30 documentários - exibidos no festival, que se encerra no domingo. Entre os jurados que escolheram os filmes premiados estão a cantora Alicia Keys e os atores Zach Braff, Brooke Shields, Jessica Alba e Whoopi Goldberg.
Em comunicado à imprensa, os jurados observaram a paixão pelo cinema demonstrada pelos atores e a diretora de "When We Leave", dizendo que o filme "justapõe questões sociais complexas e anseios humanos honestos". A diretora Aladag passou seis anos trabalhando sobre o filme e ensaiou os atores por sete meses, um período incomum.
"O reconhecimento dado ao talento da diretora Feo Aladag e da atriz Sibel Kekilli é um testemunho da força desse filme," disse David Kwok, diretor de programação de Tribeca.
O ator francês Eric Elmosnino foi premiado como melhor ator de longa-metragem pelo papel de Serge Gainsbourg em uma nova cinebiografia do cantor, famoso pela canção "Je t'aime ... Moi Non Plus."
Menções especiais do júri foram dadas a "Loose Cannons", do diretor turco Ferzan Ozpetek, sobre dois irmãos italianos gays, e ao documentário "Budrus", da diretora norte-americana Julia Bacha, sobre um pai de família que lidera manifestantes israelenses e palestinos numa campanha não violenta para salvar seu vilarejo.
O diretor francês Kim Chapiron recebeu o prêmio de melhor cineasta narrativo novo por "Dog Pound", um drama assustador sobre três adolescentes encarcerados em um centro de detenção, e Clio Barnard foi considerada melhor documentarista nova por "The Arbor," sobre a dramaturga britânica Andrea Dunbar.
Até agora, "Monica and David" é o único dos filmes premiados em Tribeca a já ter contrato de distribuição nos EUA. Juntamente com os outros prêmios, o filme recebeu 25 mil dólares. Uma porta-voz de Tribeca disse que há ofertas de distribuição para outros filmes exibidos no festival e que ela espera que os contratos sejam fechados até a próxima semana.
"My Trip to Al-Qaeda", de Alex Gibney, fechou um contrato antecipado de distribuição com a HBO Documentary Films e foi um dos três filmes do diretor exibidos em Tribeca.
Gibney recebeu o Oscar de melhor documentário por seu filme "Um Táxi para a Escuridão", de 2007, que destaca o tratamento dado pelos EUA aos prisioneiros no Afeganistão e Iraque.
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