"Robin Hood", de Ridley Scott, abre Festival de Cannes 2010
CANNES, França (Reuters) - O filme de ação e aventura "Robin Hood", do diretor Ridley Scott, abrirá o Festival de Filmes de Cannes 2010 na quarta-feira, dando início a 11 dias de exibições na Riviera Francesa.
Os atores Russell Crowe e Cate Blanchett, que interpretam Robin e Marion na remontagem da lenda inglesa, estarão no tapete vermelho para a noite de gala.
No entanto, o sucesso de Hollywood é um dos poucos títulos norte-americanos no festival deste ano, refletindo um clima econômico difícil que tira de Cannes um pouco de seu poder de estrela e oferece um cenário preocupante para a celebração do cinema.
"A crise (financeira) deve ser a principal razão, pois o cinema é uma indústria (...) que precisa de muito dinheiro", disse à Reuters o diretor do festival, Thierry Fremaux, em Cannes.
"Como nós todos sabemos, em qualquer lugar do mundo o dinheiro não é uma coisa fácil de encontrar e especialmente para fazer um filme. Mas também acho que é uma coincidência. Talvez no ano que vem teremos três, quatro, cinco filmes americanos", afirmou.
O único título norte-americano na disputada competição de 19 diretores, todos homens, é "Fair Game", de Doug Liman, com Naomi Watts no papel de Valerie Plame, uma agente da Agência Central de Inteligência (CIA), cuja identidade foi revelada em 2003, e Sean Penn como seu marido Joseph Wilson.
Oliver Stone e Woody Allen trazem suas últimas montagens à prestigiosa mostra de cinema, mas sem disputar a Palma de Ouro.
O cinema asiático tem forte presença em Cannes, que se orgulha de promover novos talentos e produções de baixo orçamento de diretores desconhecidos.
A Ásia é representada por filmes da Tailândia, do Japão, da China e dois da Coreia do Sul --"Poetry", de Lee Chang-dong, e "The Housemaid", de Im Sangsoo.
"Quando a Coreia (do Sul) chegou ao festival anos atrás, não sabíamos se era um tiro ou realmente uma longa tendência, e agora podemos dizer que a Coreia, ou a Ásia, mas especialmente a Coreia, é um país muito forte para o cinema", disse Fremaux.
(Reportagem de Mike Collett-White)
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