Veneza (Itália), 28 ago (EFE).- "Valentino: The Last Emperor",
documentário do jornalista Matt Tyrnauer sobre o estilista italiano
Valentino, roubou a cena hoje no Festival de Veneza.

"A moda não morrerá jamais, é como uma velha música que permanece
para sempre", disse o próprio Valentino, em entrevista coletiva
posterior à exibição do filme.

"Olho atentamente como a Valentino continua após a minha
aposentadoria. Afinal de contas, a empresa leva o meu nome",
explicou, por sua vez, ao se referir ao trabalho de sua nova
estilista e sucessora, Alessandra Facchinetti.

No entanto, o verdadeiro protagonista do filme é seu infatigável
companheiro Giancarlo Giammetti, que deslumbra pela pureza de sua
fidelidade, respeito, aceitação e admiração ao mito.

"Eu me encarrego de tudo do que Valentino não gosta", disse aos
jornalistas Giammetti, que é perguntado no filme: "Como é viver à
sombra de alguém tão importante?", a que responde modestamente:
"Simplesmente felicidade".

Nati Abascal, Gwyneth Paltrow, Michael Caine e Joan Collins são,
junto a seus inseparáveis cachorros Milton, Monty, Maude, Margot,
Maggie e Molly, alguns dos personagens que aparecem no filme em
vários momentos.

"Valentino: The Last Emperor" também lembra Audrey Hepburn,
Jacqueline Kennedy e a princesa Diana, que confirmaram década após
década que a sua aposta pelo clássico jamais saiu de moda.

Na difícil tarefa de destacar um vestido, Valentino citou Julia
Roberts e a roupa que a atriz usou quando recebeu em 2001 o Oscar de
melhor atriz por sua atuação em "Erin Brockovich - Uma Mulher de
Talento".

Em termos cinematográficos, Tyrnauer imprimiu uma versão mais
jornalística em seu filme. Mas apesar do conteúdo pouco inovador,
"Valentino: The Last Emperor" é um desfrute tanto para o leigo
quanto para o erudito da moda, já que é difícil não sucumbir ao
encanto do estilista, de sua personalidade e de sua arte.