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15/05/2009 - 14h53

Diretora de "O Piano" faz romance de época sem brilho em "Bright Star"

THIAGO STIVALETTI
Colaboração para o UOL, de Cannes
A neozelandesa Jane Campion ganhou fama internacional ao ganhar a Palma de Ouro em 1993 com "O Piano", filme que lhe renderia oito indicações ao Oscar no ano seguinte. Dezesseis anos depois, ela volta à competição de Cannes com "Bright Star" (Estrela Brilhante), romance de época entre o poeta britânico John Keats (1795-1821) e sua vizinha Fanny Brawne.
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    Diretora de "O Piano" faz romance de época sem brilho em "Bright Star"

Ela, mais interessada em costura, só começa a se interessar por poesia e literatura ao se apaixonar por ele, considerado até hoje um dos maiores poetas do romantismo britânico. O destino do casal, como nas obras românticas, é trágico: Keats morre jovem, aos 25 anos, de tuberculose, e ainda longe da amada, tentando um tratamento na Itália.

Em "O Piano", a professora interpretada por Holly Hunter era muda, e isso obrigava Campion a construir toda a ação do filme em imagens. Em "Bright Star", as palavras e a poesia transbordam nas cenas, mas sem o mesmo brilho.

Entre inúmeros planos em campos de flores e uma cena repleta de borboletas, quando Brawne se descobre apaixonada, o filme não ganha brilho próprio e nenhuma imagem fica na memória.

A australiana Abbie Cornish segura bem o filme como a trágica Fanny Brawne; já o britânico Bem Whishaw é bonito, mas não tem carisma para fazer Keats. É um filme na grande tradição do cinema de época inglês, mas o roteiro insípido deixa muito a desejar na comparação com filmes como "O Retorno a Howards End", "Carrington" e "Vestígios do Dia".

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