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Por que a produtora de "Fallout: New Vegas" descartou um jogo de "GoT"

Divulgação/HBO
Imagem: Divulgação/HBO

Do UOL, em São Paulo

30/08/2017 14h16

A Obsidian, produtora de "Fallout: New Vegas", recusou a chance de fazer um jogo de "Game of Thrones"... Mas por quê?

Bem, em 2005 a empresa recebeu uma oferta da Electronic Arts para fazer um jogo baseado em "A Song of Ice and Fire", obra de George R. R. Martin. Isso foi aproximadamente seis anos antes da primeira temporada da série "GoT" estrear.

O co-fundador da Obsidian, Feargus Urguhart, conhecia muito bem os livros, mas mesmo assim deixou a oportunidade para trás.

"Eu tinha a sensação de que, vendo a IP naquele momento, tudo se tratava de intrigas políticas e como as pessoas se conectavam a este universo através dos personagens - essa é a forma que os livros foram escritos, cada capítulo é sobre uma pessoa e o que está acontecendo com ela", disse o CEO em entrevista à Eurogamer.

"Além daquele monte de coisa estranha acontecendo atrás da Muralha, e algumas pitadas de fantasia, não há usuários de magia, não há clérigos ou ladrões. Basicamente existem alguns caras com espadas e armadura e um pouquinho de misticismo, mas nas principais localizações [os Sete Reinos] não há goblins ou kobolds."

"E você não pode oferecer um personagem importante ao jogador. Todos os personagens que possuem algum tipo de relevância são claramente destacados e você não consegue realmente ter um tipo de conversa com eles."

Isso, é claro, foi naquela época. Urguhart diz que a Obsidian até poderia fazer um game no estilo de "Knights of the Old Republic", jogo de "Star Wars" da BioWare que utilizou o universo da franquia, mas colocou uma história inédita que se passa muitos anos antes dos capítulos do cinema.

"Talvez existisse algo que pudéssemos fazer, mas nós estávamos começando a pensar mais em um RPG de mundo aberto, e queríamos que nossos jogadores tivessem importância nesse universo."

O CEO também cita como naquela época, os jogos de estratégia tinham uma força maior no mercado, e considerou que um game de estratégia em tempo real faria mais sentido com os livros, já que existiam diferentes facções e muita intriga política. O engraçado é que "A Game of Thrones: Genesis" é justamente isso, e é um game não muito aclamado nem pelo público nem pela mídia.

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