Oscar 2017: “Moonlight” é um filme grandioso, belo e perturbador
Por ser um filme perturbador, acho que esperava um final mais esmiuçado do excelente "Moonlight, Sob a Luz do Luar". Confesso que me senti um pouco frustrado. Mas a impressão se dissipou: isso em nada diminui a grandiosidade dessa obra. O filme trata de temas espinhosos de forma crua, mas também lírica em algumas passagens. O protagonista Chiron é vivido por três atores diferentes, em diferentes fases de sua vida. A grande interpretação é de Naomie Harris, que faz a mãe drogada de Chiron. Já o melhor dos Chirons é o adolescente, vivido por Ashton Sanders.
Um filme bonito, profundo, denso, e acima de tudo bem dirigido (por Berry Jenkins). É o meu favorito ao Oscar principal, mas sabemos que tem poucas chances frente o arrasa-quarteirões "La La Land". Seria uma boa resposta da academia à polêmica da ausência de negros na premiação passada: os único atores brancos em "Moonlight" são uma meia-dúzia de figurantes numa cena de lanchonete. E o filme tem mais referências ao Brasil do que a simples menção ao nosso país. 5 estrelas.
Ah, e se tivesse um Oscar para cartaz de filme, este ganharia fácil, veja que beleza!
8 indicações: filme, diretor (Barry Jenkins), ator coadjuvante (Mahershala Ali), atriz coadjuvante (Naomie Harris), roteiro adaptado, fotografia, edição e trilha sonora original.
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