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06/10/2010 - 03h59

Sem claros favoritos, "VIPs" leva quatro troféus no Festival do Rio

EDU FERNANDES
Colaboração para o UOL, do Rio
  • Wagner Moura, eleito melhor ator no Festival do Rio 2010, em cena do filme VIPs

    Wagner Moura, eleito melhor ator no Festival do Rio 2010, em cena do filme "VIPs"

Com uma seleção de competidores medianos, o juri do Festival do Rio - formado por Gustavo Dahl, Bruna Lombardi, Jorge Sanchez e Leonardo Monteiro de Barros - elegeu "VIPs" como o grande vencedor do Festival do Rio.

A cerimônia já começou problemática: a exibição do vídeo com momentos de gala e de atividades paralelas do Festival estava com defeito de áudio. Tentou-se passar a peça sem som, mas logo a ideia foi abortada e o vídeo só foi retomado no encerramento das atividades.

O longa dirigido por Toniko Melo recebeu o redentor de melhor ficção e três dos quatro prêmios oferecido para o elenco. Wagner Moura, Jorge D'Elia e Gisele Fróes receberam o troféu Redentor por Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Atriz Coadjuvante, respectivamente. Nenhum deles estava presente na ocasião e coube a Toniko subir ao palco.

VEJA O TRAILER DE "VIPs"

A exceção entre os atores ficou para Karine Telles, que conquistou a categoria de Melhor Atriz por "Riscado" - único prêmio do longa independente carioca.

O filme escolhido pelo juri popular foi "O Senhor do Labirinto" e novamente o diretor Geraldo Motta testou a paciência da plateia com o discurso mais longo da noite. Entre os documentários, "Positivas" foi o eleito pelo público, enquanto o juri preferiu "Diário de uma Busca". O longa de Flávia Castro também foi premiado pela Fipresci (Federação Internacional de Críticos de Cinema) por unanimidade como melhor filme latino-americano.

Entre os curtas-metragens, os premiados foram "Vento" (juri oficial) e "Um Outro Ensaio" (público). "Geral" levou o Prêmio Especial do Juri. "Dois Mundos" e "Simpatia do Limão" conquistaram o prêmio de aquisição do Porta-Curtas.

"Boca do Lixo" terminou a noite com duas premiações técnicas: Melhor Fotografia e Melhor Montagem. "Elvis e Madona" ficou com Melhor Roteiro, enquanto Charly Braun foi eleito por Melhor Direção ("Além da Estrada").

Escorregões

A Mostra Novos Rumos teve uma competição paralela, com outro juri, e o ganhador foi "Paranã-Puca, onde o Mar se Arrebenta". O diretor Jura Capela recebeu a honraria claramente embriagado e foi motivo de uma das piadas de Vladimir Brichta, que apresentou a premiação ao lado de Debora Bloch. Esse foi apenas um dos momentos embaraçosos da noite.

Na ocasião em que anunciava o prêmio pra Vania Debs pela montagem de "Boca do Lixo", o produtor mexicano Jorge Sanchez disse que a editora tinha trabalhado em "VIPs". Depois de confirmar a informação com seus colegas de juri, ele se corrigiu.

Outra passagem que ficará marcada na memória dos presentes no Cine Odeon foi a entrega do maior prêmio da noite: Melhor Longa de Ficção pela escolha do juri. No palco foi chamado o prefeito Eduardo Paes que tentou fazer piada com Debora Bloch.

A atriz respondeu a provocação do político com a cobrança da reabertura do Teatro Glória e foi aplaudida de pé por parte dos espectadores. O prefeito prometeu reabrir o Teatro Ipanema e não mais tentar fazer gracinhas na cerimônia do Festival do Rio no próximo ano.

Balanço

Um consenso entre os críticos que cobriram a Première Brasil foi a qualidade irritantemente mediana da maioria dos filmes selecionados. Com isso, não havia um franco favorito para a premiação e a expectativa é que os troféus fossem distribuídos para títulos variados. No entanto, o juri elegeu "VIPs", o maior blockbuster entre os competidores, como o grande nome do festival e perdeu a oportunidade de alavancar um filme de menor apelo comercial.

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