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4 motivos para dar uma chance a "Mindhunter", da Netflix

Do UOL, em São Paulo

21/10/2017 23h07

“Mindhunter” chegou à Netflix no último dia 13 sem o alarde de um “House of Cards” ou um “Stranger Things”, mas rapidamente se tornou um dos assuntos mais comentados entre os fãs de séries.

Baseada no livro homônimo escrito por Mark Oshalker e John Douglas, ex-funcionário do FBI, a produção tenta investigar a mente dos assassinos em série por meio da história, baseada em fatos reais, dos agentes do FBI Holden Ford (Jonathan Groff) e Bill Tench (Holt McCallany). No fim dos anos 1970, os dois tentaram descobrir o que estava por trás dos crimes escabrosos que pareciam ficar cada vez mais frequentes, entrevistando os homens condenados por eles.

Produzida pelo cineasta David Fincher, a série está entre as melhores estreias do ano da Netflix. E se você ainda não está convencido, confira abaixo quatro motivos para dar uma chance a ela:

 

 

  • Patrick Harbron/Netflix/Divulgação

    Mostra os serial killers como você nunca viu

    Esqueça as mirabolantes caçadas policiais por um vago monstro sem rosto e sem nome. Em "Mindhunters", o foco está menos nas investigações e mais na busca pelas motivações dos assassinos em série, em uma época em que ainda havia pouquíssimo conhecimento sobre eles. As conversas entre os agentes e os criminosos revelam uma verdade inconveniente pouco explorada nos filmes do gênero: esses monstros, no fim das contas, são humanos. É perturbador conhecer suas histórias e ouvi-los falando, eloquente e levemente, sobre os crimes que cometeram, mas impossível de desligar a TV.

  • Patrick Harbron/Netflix/Divulgação

    Ela tem seu próprio ritmo

    A solução mais fácil para uma série sobre seria killers, ainda mais na Netflix, seria colocar dois agentes desvendando um caso atrás do outro, em um ritmo frenético ? sob medida para aqueles que estão acostumados a devorar uma temporada inteira em um fim de semana. Mas "Mindhunters" estabelece um ritmo próprio, em uma decisão acertadíssima. O espectador pode estranhar a lentidão dos dois primeiros episódios, mas no fim das contas ela serve bem à história, ao mesmo tempo em que ajuda o público a processar um tema que pode ser indigesto.

  • Divulgação/Netflix

    O elenco é excelente

    Jonathan Groff e Holt McCallany, como os agentes Holden Ford e Bill Tench, respectivamente, estabelecem uma dinâmica crível e interessante como o jovem agente idealista e o veterano dividido entre os antigos métodos do FBI e a necessidade de se adaptar às novas demandas do trabalho. Separadamente, os dois também se entregam a seus papéis e constroem personagens interessantes de se assistir. Anna Torv, como a psicóloga Wendy Carr, que ajuda a dupla em seus estudos, também está ótima. O maior destaque, porém, é o ator Cameron Britton como Ed Kemper, o assassino falante e bem-educado que estuprou e matou várias mulheres.

  • Patrick Harbron/Netflix/Divulgação

    Carrega o DNA de David Fincher

    O cineasta por trás de "Seven", "Zodíaco", "Clube da Luta" e "Garota Exemplar" tem uma extensa experiência com tramas policiais, usada aqui a seu favor. Os personagens quase obsessivos, o suspense psicológico e a fotografia sóbria e milimetricamente calculada estão todos na série, o que deve agradar a quem já é fã do diretor. Ele dirige os dois primeiros e os dois últimos episódios da temporada.