Sete dicas para quem quer curtir o "lado B" da programação do Anima Mundi
Em sua 23ª edição e com cerca de 450 filmes de 40 países diferentes, além de palestras, fóruns de discussão e atrativos variados, o Anima Mundi pretende apresentar um panorama do que é --e do que pode ser-- o cinema de animação.
Em São Paulo até a próxima quarta-feira (22) depois de ter passado pelo Rio de Janeiro, o evento traz como alguns de seus principais destaques e atrações mais procuradas a estreia de “O Pequeno Príncipe” e os premiados longas “Shaun, o Carneiro” e “Nautilus - A Primeira Aventura de Colombo”.
O UOL falou com os cineastas Cesar Coelho, Aída Queiroz e Marcos Magalhães, criadores e curadores do festival, para saber quais as dicas de cada um para quem quiser aproveitar um circuito mais alternativo do festival - ou para quem, diante de tantas opções, vai ter que escolher apenas algumas coisas.
Confira abaixo.
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Distribuindo animação
"Tem uma sessão muito legal que é bem esse lado mais desconhecido do Anima Mundi, que que é a retrospectiva da produtora francesa Autour de Minuit. Ela sobrevive distribuindo curtas pelo mundo inteiro - o que é impressionante, não é? Está sempre buscando uma temática não-convencional e os filmes são maravilhosos, todos de autores independentes", diz Cesar Coelho. "A Autour de Minuit é especializada em filmes adultos de animação. São bem experimentais, com temas adultos, eróticos, políticos, violentos. Pedimos para o produtor Nicolas Schmerkin fazer uma seleção especial para a gente e ficou ótima", completa Marcos Magalhães. Na imagem, cena do curta "Logorama", que conta a história de uma cidade feita por logomarcas.
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Longas em competição
"Os três longas da competição são muito bons [O espanhol "Pos Eso", o franco-britânico "Shaun, o carneiro" e o multinacional "Canção do Mar"]. Cada um tem uma abordagem e um estilo totalmente diferente, então o meu conselho, se eu tivesse pouco tempo para ver o Anima Mundi, seriam eles três", revela Aída Queiroz. Na imagem, cena do longa de animação "Pos Eso", que faz referência a vários filmes de terror para contar a história de um garoto possuído.
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Visão dos games
"A Supinfocom também é uma escola francesa que, curiosamente, vem ao Brasil representada pela Laure Casalini, diretora do ramo de videogames da escola. Ela foi uma das primeiras a se especializar em animação digital e 3D, mas sem abandonar o cuidado com a narrativa e o conteúdo", explica Marcos Magalhães. Na imagem, cena do curta de animação "Sur sa Place" ("No seu Lugar"), que mostra um cachorrinho tentando se adaptar a sua deficiência.
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Cinema do Leste Europeu
"Outra sessão legal é a da Animateka, que é um festival da Eslovênia. O fundador e curador Igor Prassel está aqui para o Anima Mundi e a seleção que ele fez de curtas do Leste Europeu é ótima. É uma região tão prolífica, mas pouca coisa chega aqui", conta Cesar Coelho. Na imagem, cena do curta de animação "Do Serca Twego" ("Para Vosso Coração"), que narra os problemas de um casal esquizofrênico.
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Made in Austrália
"Uma coisa que me surpreendeu muito nesse ano foram os filmes australianos. Na mostra de curtas estão presentes as produções 'The Meek', 'Ernie Biscuit' e 'The Orchestra'. Eles vieram muito bem representados", lembra Aída Queiroz. Na imagem, cena do curta de animação "Ernie Biscuit", do mesmo criador de "Mary & Max", que mostra a vida de um taxidermista surdo de Paris.
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Escola da Pixar
"A Gobelins L'École de L'Image, de Paris é uma escola profissionalizante, mas que produz conteúdos de qualidade fenomenal. Vários animadores da Pixar vieram de lá e seleção deles mostra bem a excelência dos filmes", diz Marcos Magalhães. Na imagem, cena do curta de animação "Oktapodi", vencedor do Anima Mundi em 2008, que conta a história de amor entre dois polvos.
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Animação para crianças
"A sessão competitiva de curtas-metragens infantis está ótima. Perfeita para despertar a paixão pela animação nas crianças. Um programão", recomenda Aída Queiroz. Na imagem, cena do curta de animação "Lune et le Loup" ("Luna e o Lobo"), que acompanha a noite de uma criança que está sozinha (ou não?) em sua casa.
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