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Produtor de filme anti-Islã é condenado a um ano de prisão nos Estados Unidos

Mark Basseley Yussef, de 55 anos, conhecido anteriormente pelo nome de Nakoula Basseley Nakoula, foi preso em 15 de setembro  - Bret Hartman/Reuters
Mark Basseley Yussef, de 55 anos, conhecido anteriormente pelo nome de Nakoula Basseley Nakoula, foi preso em 15 de setembro Imagem: Bret Hartman/Reuters

07/11/2012 20h50

O produtor do filme anti-Islã "A Inocência dos Muçulmanos", que desencadeou uma onda de violência nos países árabes, foi condenado nesta quarta-feira (7) a um ano de prisão por violação de sua liberdade condicional em um caso de fraude bancária, anunciou um tribunal de Los Angeles.

Mark Basseley Yussef, de 55 anos, conhecido anteriormente pelo nome de Nakula Basseley Nakula, admitiu sua culpa por quatro acusações – principalmente a obtenção de uma carteira de motorista californiana com uma identidade falsa – e conseguiu chegar a um acordo com o procurador, que abandonou outras quatro acusações.

Condenado em 2010 a 21 meses de prisão por ter aberto várias contas bancárias e obtido cartões de crédito com identidades falsas, ele teria violado os termos que regem a sua liberdade condicional ao gravar e publicar no YouTube um trailer de 14 minutos do polêmico filme.

Ele foi condenado par um tribunal federal de Los Angeles a um ano de prisão, seguido de quatro anos de monitoramento judicial.

O autor do filme contendo ofensas ao Islã tinha sido preso em setembro, depois de uma onda de violência no Oriente Médio desencadeada pela produção de baixa qualidade, deixando mais de 50 mortos, incluindo o embaixador americano na Líbia.

Yussef vivia em Cerritos, no sul de Los Angeles. Após a divulgação do filme, ele se escondeu, temendo por sua segurança. A polícia ajudou sua família a se juntar a ele dois dias depois, antes de sua prisão, em 27 de setembro.

A justiça ordenou então a sua detenção imediata, sem possibilidade de libertação sob fiança, pelo risco de fuga e por apresentar perigo à comunidade. "A corte não confia no acusado", havia declarado a juíza.

Na internet
Em outubro, um juiz federal norte-americano negou o pedido de liminar da atriz Cindy Lee Garcia para que o YouTube e o Google tirassem do ar o filme.

O juiz também definiu a data do julgamento do caso para 19 de novembro. Recorrendo ao diretor de liberdade de expressão. Google e YouTube têm se negado à tirar o filme de 14 minutos do ar.

Em setembro, a Corte Superior de Los Angeles já havia negado o mesmo pedido

De acordo com informações do site TMZ, a atriz afirmou ter sofrido ameaças de morte e entrou com uma ação judicial contra o Google e contra Mark Basseley Yussef.