Produtores dizem que não vão controlar piadas de MacFarlane no Oscar
Os organizadores da cerimônia anual do Oscar não escondem seu desejo de alcançar um público mais jovem e ousado, e buscam atingir esse objetivo com Seth MacFarlane, escalado para ser o anfitrião deste ano.
MacFarlane é o criador da série de animação "Family Guy" ("Uma Família da Pesada"), e também empresta sua voz à maioria dos personagens. Igualmente é o criador do desbocado urso de pelúcia politicamente incorreto do filme 'Ted'.
Os produtores da festa do Oscar expressaram sua total confiança em MacFarlane, e garantiram que ele não será pressionado a controlar seu humor corrosivo.
Neil Meron e Craig Zadan, coprodutores da cerimônia, disseram ainda que estão trabalhando em estreita colaboração com MacFarlane, cuja escolha para apresentar a premiação é vista como uma tentativa ousada por parte da Academia de Cinema americana para atrair um público mais jovem.
"Seth é o Seth, e nós o amamos", enfatizaram.
A julgar pelo anúncio dos indicados ao prêmio feito em janeiro pelo criador de "Family Guy" - e apesar de ter feito uma polêmica piada sobre nazismo no evento -, ele pode ser exatamente o que os organizadores do prêmio precisam, depois de alguns anos de equívocos na hora de escolher seu apresentador.
MacFarlane é, sem dúvida, uma escolha arriscada para apresentar o prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, o consagrado prêmio da indústria de cinema de Hollywood, que será entregue na noite do dia 24 de fevereiro.
O Globo de Ouro - classificado de forma zombeteira pelos organizadores do Oscar como produto de um grupo de jornalistas estrangeiros fãs de celebridades - pode aguentar as piadas afiadas do britânico Ricky Gervais, mas o Oscar tem padrões mais rígidos a seguir.
No entanto, ao mesmo tempo o prêmio está completamente consciente da necessidade de ampliar seu público para além dos espectadores que esperam uma cerimônia tradicional.
Há dois anos, a estratégia para atrair os espectadores jovens, com os atores James Franco e Anne Hathaway à frente da cerimônia, foi muito criticada, com o desempenho de Franco sendo particularmente atacado.
No ano passado, Eddie Murphy era inicialmente o anfitrião, mas deixou o posto no último minuto após uma situação embaraçosa envolvendo gays, e a Academia voltou a recorrer ao veterano Billy Crystal, divertido na apresentação pela nona vez, mas longe de ser jovem.
Neste ano, o Oscar tem MacFarlane - que em janeiro fez diversas piadas ao divulgar, junto com a atriz Emma Stone, os indicados ao prêmio, com o drama de Steven Spielberg "Lincoln" na liderança em número de indicações.
Sobre "Amor", indicado a "Melhor Filme" e a "Melhor Filme estrangeiro", ele disse: "Eu li que 'Amor' foi co-produzido por Áustria e Alemanha. A última vez em que Áustria e Alemanha estiveram juntas e co-produziram algo foi Hitler, mas isso é muito melhor".
"Olha, sou um grande fã de Seth. O que ele traz primeiramente é um sentimento de alegria. Ele quer estar lá", afirma o chefe de programação da BBC, Paul Lee, ao ser perguntado sobre a piada de Hitler, de acordo com o blog do Washington Post.
"Ele traz uma grande energia para isso. Ele está vindo para o Oscar com um grande senso de respeito, mas traz uma sensação realmente contemporânea", afirmou.
MacFarlane, que lançou a série vencedora do Emmy de animação "Family Guy" em 1999, afirmou quando foi escolhido para o posto, em outubro: "É realmente um enorme privilégio ser convidado para apresentar o Oscar".
"Meu pensamento depois de ouvir a novidade foram: primeiro, vou fazer o meu melhor para atingir o alto nível imposto por meus antecessores; e, segundo, espero que não descubram que apresentei o 'Charlie Sheen Roast'" (um programa de homenagem a um ator convidado, que acaba sendo mais achincalhado do que homenageado).
Agora, todos os olhos estarão voltados para seu desempenho no Dolby Theater, em Hollywood, na esperada cerimônia deste fim de semana.
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