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Novo "Star Trek" é visualmente impactante, mas se ancora na emoção

De Los Angeles (EUA)

15/05/2013 14h36

Quatro anos após uma nova geração de fãs embarcar novamente na nave Enterprise, Hollywood lança "Star Trek" como um banquete de efeitos visuais para os amantes da ficção científica, mas "ancorando seu mundo nas relações dos personagens".

"Além da Escuridão - Star Trek" é "visualmente impactante, mas ancora seu mundo nas relações dos personagens e em suas conexões pessoais", disse o ator Zachary Quinto, que interpreta Spock, o popular tripulante metade humano e metade "vulcano".

Dirigida e produzida por J.J. Abrams --o mesmo autor da edição de 2009 da saga --, a nova produção da franquia de cinema e televisão "Star Trek" estreia nesta quinta-feira (16) nas salas dos Estados Unidos e da região andina, mas chega ao Brasil apenas no dia 14 de junho.

No entanto, este novo capítulo da saga já estreou na semana passada em alguns mercados da Europa e da Ásia, com uma arrecadação, até o momento, de quase US$ 32 milhões.

Neste novo filme, a tripulação da Enterprise deve enfrentar o brutal ataque terrorista de um ex-membro da Frota Estelar que afeta psicologicamente o capitão James Kirk (Chris Pine).

"Este filme tem um forte fundo emocional que o torna uma experiência mais gratificante para a audiência, e não apenas um sucesso de bilheteria. Tem coração", disse o ator de 35 anos.

Sequência "mais evoluída"

A americana de origem porto-riquenha Zoe Saldana, que interpreta a tenente Nyota Uhura e forma um par romântico com Spock, também considerou que a sequência está "mais evoluída" dramaticamente do que a edição anterior.

J.J. Abrams "teve mais liberdade para contar esta história como ele queria contar, com mais drama, mais escuridão, mais intensidade", disse a atriz de 34 anos, que alcançou fama mundial na pele azul de uma extraterrestre em "Avatar" (2009).

"Os personagens estão mais evoluídos, porque no primeiro filme acabavam de se formar na Academia e estavam nervosos, inseguros, com muito medo", explicou.

"Agora se sentem mais seguros do que estão fazendo, já formam parte de uma equipe", acrescentou, comparando as relações na Enterprise com as estabelecidas entre o elenco durante as filmagens: "A harmonia que temos na vida real é bem parecida com a harmonia dos personagens".


Saldana, que achou "muito divertido" aprender a falar o idioma klingon, disse ter aproveitado, em particular, o empenho de seu personagem em ajudar Spock "a aceitar seu lado humano" e a se conectar com suas emoções.

A atriz também destacou o valor histórico da franquia, criada originalmente como uma série de televisão nos anos 1960, no contexto da Guerra Fria. A saga imaginou um futuro onde as diferenças raciais e políticas já teriam sido superadas.

"Foi uma série concebida com o propósito de mandar uma mensagem de paz muito forte naquele momento em que havia tanta discórdia entre nações bem poderosas, como eram a União Soviética, o Japão e os Estados Unidos", disse a atriz, que começará a gravar a sequência de "Avatar" no próximo ano.

Ao ser perguntado sobre a possibilidade de um novo capítulo da saga, Quinto, o Spock , foi prudente: "Normalmente isso é determinado pelo comportamento do filme (nas bilheterias)", afirmou, esclarecendo que, de qualquer forma, o elenco está "contratualmente comprometido a realizar ao menos três filmes".