Criadores de "Tá Chovendo Hambúrguer 2" dizem que o filme é para divertir
Quando os criadores do filme de animação "Tá Chovendo Hambúrguer 2" encontram a imprensa para promover o filme, dão risadas sobre as perguntas a respeito de supostas agendas políticas ou manifestos sobre alimentos transgênicos e insistem: eles queriam apenas divertir as crianças. Afinal de contas, elas são o público.
A abundância de comida com forma de animais - o neologismo "foodimals" (comidanimais, na tradução) - inclui o morango Barry, que não é difícil imaginar em breve nas lojas de brinquedo como um bicho de pelúcia, 'tacodrilos', 'hipobatatas', 'flamangas', 'dinossauro-aipo' e o vilão do filme: o hambúrguer com queijo-aranha.
"Tá Chovendo Hambúrguer 2" (Cloudy With a Chance of Meatballs 2) estreia sexta-feira nos Estados Unidos e no dia 4 de outubro no Brasil.
A fita 3D da Sony Pictures retoma a ação onde a primeira parte terminou em 2009: o cientista acredita que destruiu seu "replicador dinâmico de alimentos supermutante de Flint Lockwood" (ou FLDSMRDFR, no original), depois que seu bem-intencionado invento provocou graves desastres alimento-ambientais.
Agora Flint (com a voz do humorista Bill Hader no original e dublado no Brasil por Alexandre Moreno) trabalha sem saber para uma maligna corporação que o força a retornar à ilha destruída no primeiro filme por monstruosos alimentos, onde descobre que a FLDSMRDFR ainda funciona.
Dirigida por dois animadores envolvidos com a criação do primeiro filme, Cody Cameron e Kris Pearn, o filme não busca ser outra coisa que um universo visualmente divertido para as crianças.
Mas tem uma premissa: as verduras e legumes são encantadoras e a 'junk-food' é, em geral, monstruosa.
Hader já tem experiência com dublagem em animações, como "Turbo" e "Universiade Mostro". Ele trabalha atualmente para duas produções da Pixar: "Inside Out" e "The Good Dinosaur".
Bill Hader praticamente transformou a entrevista coletiva de divulgação do filme em um quadro do "Saturday Night Life", o programa de televisão que o o tornou famoso e que ele deixou este ano.
"Claro, você está caminhando em um pântano de panquecas", afirmou o ator de 35 anos ao ser questionado se teve trabalho para criar a voz do personagem.
"Fiquei decepcionada de não terem criado o 'milhocórnio', mas eles queriam mostrar apenas 'foodimals' reais", brincou a atriz Anna Faris, voz de Sam, a amiga entusiasmada de Flint.
Os cineastas foram perguntados então sobre alimentos descartados para o filme.
Kris Pearn, que estreia como diretor, respondeu: "Nós colocaríamos uma geleira de creme brulee, mas as crianças não sabem que diabos é creme brulee...".
Hader interrompeu a entrevista e, com uma voz afetada, ironizou: "Perdão, meus filhos com certeza sabem. Meus filhos comem sushi".
Os diretores também foram questionados se o filme pretendia educar as crianças sobre alimentos transgênicos.
"O primeiro filme era mais sobre o consumo, afirmávamos que o maior não é necessariamente o melhor. Agora, este filme trata mais sobre como a corporação busca apropriar-se da criatividade de Flint", explicou Cody Cameron.
"A ideia era mostrar a vida criando vida...", afirmava, quando foi interrompido por Hader com uma advertência: "Cuidado que vão citar isto por anos".
"Apenas relaxem. Divirtam-se", pediu em seguida o ator.
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