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Copresidente da Sony Pictures renuncia impulsionada pelo ciberataque

A copresidente da Sony Pictures Amy Pascal na estreia de "A Entrevista" - Kevork Djansezian/Reuters
A copresidente da Sony Pictures Amy Pascal na estreia de "A Entrevista" Imagem: Kevork Djansezian/Reuters

De Los Angeles, nos Estados Unidos

05/02/2015 22h03

A copresidente da Sony Pictures Entertainment (SPE), Amy Pascal, anunciou nesta quinta-feira (5) que renuncia, dois meses depois do ciberataque que o estúdio sofreu e que deixou expostos seus emails comprometedores.

Pascal se dedicará a partir de agora a novas atividades de produção dentro da companhia, na qual entrou em 1988 quando ainda era a Columbia Pictures, posteriormente absorvida pela gigante japonesa Sony.

A veterana executiva foi a mais prejudicada pelo ataque informático que a empresa sofreu em meados de novembro, que foi reivindicado por um grupo contrário à estreia do filme "A Entrevista" ("The Interview), uma sátira sobre o líder norte-coreano Kim Jong-un.

Seus emails, alguns deles muito comprometedores, vazaram na rede.

Em um deles, a executiva se queixou por ter que participar de um "estúpido" café da manhã com o presidente Barack Obama, a quem deveria perguntar sobre os filmes "Django Livre", "12 Anos de Escravidão" e "O Mordomo da Casa Branca", todos sobre escravos negros.

Outras mensagens eletrônicas de diretores chamavam Angelina Jolie de "menina mal educada com pouco talento", "infantil, irresponsável e caprichosa", e Leonardo DiCaprio de "desprezível", por não querer atuar em uma biografia sobre Steve Jobs.

Pascal começará seu novo projeto em maio deste ano, dedicado à produção de filmes, séries de televisão e peças de teatro, segundo um comunicado da companhia.

"Passei quase toda minha vida profissional na Sony Pictures e estou muito motivada a começar esse novo capítulo em uma empresa que sinto como se fosse minha casa", afirmou a executiva na nota. "Sempre quis ser produtora".

O ciberataque deixou expostos os números de segurança social de 47.000 trabalhadores, assim como dados salariais e históricos médicos.

Por conta disso vários trabalhadores denunciaram o estúdio por ter entregue a "criminosos" informações confidenciais e por em perigo os funcionários.