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Curta-metragem inédito mostra aviadora desaparecida Amelia Earhart

A piloto de avião Amelia Earhart que desapareceu em 2 de julho de 1937 - Albert Bresnik/AFP
A piloto de avião Amelia Earhart que desapareceu em 2 de julho de 1937 Imagem: Albert Bresnik/AFP

De Los Angeles, nos EUA

10/06/2015 06h28

Amelia Earhart partiu de Burbank, na Califórnia, em 1937, rumo a uma volta ao mundo de avião que não chegaria a concluir. Um fotógrafo imortalizou a decolagem, mas ninguém sabia até agora da existência de um curta-metragem filmado no dia anterior.

Granulado, mas muito bem preservado, este filme em preto e branco tem duração de três minutos e meio. Revelada ao público neste mês, a fita mostra a aviadora sorridente e confiante, subindo em seu avião na véspera de sua partida rumo ao leste. Seis semanas depois, ela desapareceu misteriosamente no Pacífico.

O filme não oferece pistas que poderiam ajudar a resolver um dos maiores enigmas da aviação: quando Amelia Earhart, 39 anos, e seu co-piloto, Fred Noonan, 44, desapareceram sem deixar rastros entre Papua-Nova Guiné e a ilha de Howland em 2 de julho de 1937.

Mas traz novas imagens da piloto que povoa o imaginário de historiadores e aviadores há oito décadas.

O filme foi produzido por John Bresnik, que muitas vezes acompanhava o irmão Albert Bresnik, fotógrafo oficial de Amelia Earhart, no local onde estava o Lockheed 10 Electra da aviadora.

A agência Paragon divulgou o filme chamado "Amelia Earhart's Last Photo Shoot" ("Última Sessão de Fotos de Amelia Earhart") junto a um livro homônimo.

O historiador Douglas Westfall, da Paragon, conta que o filho de John Bresnik entrou em contato com ele há dez anos para dizer que estava com esta relíquia, conservada pelo pai durante décadas.

Quando o pai faleceu, o filho guardou a fita por 20 anos, até que Westfall o convenceu a fazer uma cópia digital.

"É único", disse Westfall à AFP sobre o filme que mostra uma Earhart "charmosa diante das câmeras", usando um elegante conjunto de calça e suéter.

"Era um mundo de homens na década de 30", disse o historiador, ao explicar o fascínio dos americanos por esta mulher piloto que quebrou todos os recordes, incluindo o primeiro voo sem escalas para o Havaí a partir do continente americano.

Sinal da fascinação que a aviadora ainda gera, esta semana começou a décima primeira expedição de busca no Pacífico Sul, no arquipélago de Kiribati, onde acredita-se que sua aeronave tenha deixado de funcionar.