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Luxo, roubos e disputa de sede: as histórias curiosas do Festival de Cannes

O Grand Hyatt Cannes Hôtel Martinez: hospedagem luxuosa no balneário francês Imagem: Divulgação/Grand Hyatt Cannes Hôtel Martinez

De Cannes (França)

09/05/2016 17h49

O festival de Cannes quase foi organizado em Biarritz, mas a opção pelo balneário às margens do Mediterrâneo terminou impondo-se há mais de meio século.

Veja fatos e histórias sobre a sede do principal festival mundial do cinema, que começa na próxima quarta-feira (11) e vai até o dia 22 de maio:

Biarritz x Cannes

Hotel du Palais, um dos lugares mais famosos de Biarritz Imagem: Divulgação/The Leading Hotels of the World

Em 1939, a França decide criar um grande festival de cinema para contestar a influência da Mostra de Veneza, então sob a influência de Mussolini e Hitler. Cannes, Biarritz, Vichy, Deauville, Le Touquet, Aix-les-Bains e Argel aspiram a sediar o evento.

Biarritz e Cannes são finalistas e Biarritz ganha, por um triz, em 9 de maio. Movendo céus e terras, Cannes obtém uma reabertura da competição e a cidade costeira basca acaba retirando-se, incapaz de reunir os recursos necessários. Em 31 de maio, o Estado francês e o município de Cannes assinam o contrato oficial.


 

Supermercado do luxo

Sacha Baron Cohen em um iate em Cannes Imagem: Getty Images

O mito da Riviera, nascido nas aristocracias do século XIX, continua vigente nas grandes fortunas da Rússia e do Golfo.

Na França, Cannes é a segunda região de importância para o comércio de luxo depois de Paris. Chomet, Chopard, Rolex, Chanel, Prada, Louis Vuitton, Dior... La Croisette concentra 70 marcas de joalheria, marroquinaria e roupas de luxo, sobre 800 metros de costa.

Seu público? Os clientes dos seis hotéis cinco estrelas e 24 estrelas, sem contar os proprietários das vilas e dos iates amarrados em um de seus portos, não muito distantes de Saint-Tropez e Mônaco, outros pontos de atração para milionários.

Os amigos estrangeiros

Paris Hilton exibe joias em Cannes 2015 Imagem: Getty Images

La Croisette possui um histórico de roubos famosos, incluindo de joias, entre os mais importantes da última década na França.

- Recorde mundial em 28 de julho de 2013: 103 milhões de euros (117 milhões de dólares) em joias e relógios cravejados com diamantes roubados por um ladrão armado e encapuzado durante a exposição "Extraordinary Diamonds", organizada pela casa Leviev no hotel Carlton.

- Quatro assaltantes, um deles com máscara de idoso na cabeça e armado com uma metralhadora, atacaram uma joalheira Cartier situada na costa de La Croisette em de maio de 2015, poucos dias antes do festival. Prejuízo estimado: 17,5 milhões de euros (quase 20 milhões de dólares).

- 13 de julho de 2009: um homem armado assalta uma joalheria Cartier junto a dois cúmplices com capacetes. Se apoderam de joias presentes na vitrine antes de fugirem de moto. Um roubo de mais de 15 milhões de euros (17 milhões de dólares).

Côte d'Azur

Sean Connery filmou "007" em Cannes Imagem: Metro-Goldwyn-Mayer Studios Inc./Divulgação

A Côte d'Azur sempre foi um lugar privilegiado para fazer cinema. Já em 1897, os irmãos Lumière filmavam o carnaval de Nice, iluminado pelo sol invernal. A partir dos anos 1920, os grandes diretores do cinema mudo e sonoro filmaram em seus cenários.

Nos famosos estúdios de Victorine, em Nice, considerados então a "Hollywood francesa", Marcel Carné filmou em 1944 parte de "O Boulevard do Crime" e François Truffaut "A noite americana", em 1972.

"Ladrão de Casaca", com Grace Kelly, foi uma das primeiras filmagens no exterior de Alfred Hitchcock, em 1955. Mais recentemente, um James Bond, "Nunca Mais Outra Vez" (1983), foi encenado na Riviera.

Cartaz do Festival de Cannes de 2016 Imagem: Divulgação

Cartaz oficial

Cada ano o festival anuncia seu cartaz oficial, que decora em versão gigante a fachada do Palácio de Festivais.

Neste ano, é em tons amarelos e reproduz uma imagem cheia de glamour da Villa Malaparte em Capri, com seu telhado em forma de escadaria banhada pela luz do Mediterrâneo. Foi retirado do filme "O Desprezo" (1963) de Jean-Luc Godard, inspirado na obra de Alberto Moravia e protagonizada por Brigitte Bardot e Michel Piccoli.

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