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Com macaco de 30m, "Kong" se prepara para bater Wolverine nas bilheterias

King Kong - Divulgação - Divulgação
King Kong, em grande forma, retorna aos cinemas
Imagem: Divulgação

Em Los Angeles (EUA)

09/03/2017 11h16

Oitenta anos depois de sua estreia nos cinemas, o enorme gorila pré-histórico King Kong está de volta, em plena forma, e ainda com um fraco por loiras bonitas em perigo, em "Kong: A Ilha da Caveira".

O filme, que estreia nesta quinta-feira nos cinemas brasileiros, deve ser um sucesso de bilheteria porque apela a uma muito ampla base de fãs, conquistada ao longo das diferentes versões ao redor do grande macaco que se tornou um ícone do cinema.

"Desde a versão clássica de 'King Kong' em 1933, com Fay Wray, este espécie de "A Bela e a Fera" fascina o público e continua a inspirar cineastas ao longo das décadas", aponta Paul Dergarabedian, analista da companhia especializada comScore.

"Enquanto os super-heróis parecem reinar na Terra, os filmes de monstros sempre tiveram um lugar no coração do público e esta nova versão deve aproveitar este interesse", prevê à AFP.

Dirigido por Jordan Vogt-Roberts, recém-chegado nos grandes estúdios, o mais recente King Kong propõe um elenco de peso, com Samuel L. Jackson, Tom Hiddleton, Brie Larson e John Goodman... magro.

A ação ocorre em 1973 com o fim do envolvimento americano no Vietnã, quando o explorador Bill Randa (John Goodman) convence um senador a deixá-lo montar uma equipe para estudar a sismologia de uma misteriosa ilha isolada do Pacífico, de difícil acesso por causa das tempestades.

Mesmo quando "Jurassic World" encontra "Apocalypse Now", a escolta militar de Randa não é páreo para o rei dos Macacos e toda uma série de outros monstros assustadores.

Predadores impiedosos

A equipe também incluiu um mercenário, o capitão James Conrad (Tom Hiddleton) e a corajosa fotógrafa pacifista Mason Weaver, interpretada por Brie Larson em seu primeiro papel desde o seu desempenho premiado com o Oscar em "O Quarto de Jack".

A dose de humor é fornecida por John C. Reilly, que interpreta o ex-piloto da Segunda Guerra Mundial Hank Marlow, perdido nesta ilha há 29 anos e meio louco.

Mas a ilha está longe de ser deserta e King Kong compartilha seu pedaço de terra com criaturas ferozes, espécies de lagartos gigantes que se escondem, mas reaparecem regularmente para semear morte e caos entre as comunidades humanas.

Nas copas das árvores, uma aranha do tamanho de um carro, cercada por pássaros de bico afiado, além de outros predadores implacáveis, incluindo um polvo gigante.

O "King Kong" original foi um enorme sucesso e é, de acordo com o site Rotten Tomatoes, um dos filmes de terror mais bem votado de todos os tempos.

"O filho de Kong", lançado nove meses depois, não foi bem e duas outras continuações, comercialmente muito rentáveis, foram recebidas com cautela pela crítica.

Trata-se de uma versão de 1976 estrelada por Jeff Bridges e Jessica Lange, e outra, uma orgia de efeitos especiais de 2005, com Peter Jackson no comando.

30 metros de altura

Quanto aos "primos" da versão original, o cultuado filme americano-japonês "King Kong contra Godzilla" (1962), o menos popular "A Vingança de King Kong" (1967) e "King Kong II" (1986) tiveram sucessos heterogêneos.

"Mesmo que os filmes de monstros ainda não tenham feito seu retorno triunfal, a atração de King Kong desta vez parece impulsionada pelo interesse dos fãs por um filme de aventura com mais ação, mais leve do que as versões anteriores", estima Shawn Robbins, analista BoxOffice.com.

Filmado no Havaí, Vietnã e Austrália, "A Ilha da Caveira" apresenta um King Kong bípede de 30 metros de altura, patrulhando seu território como um ser humano colossal, em contraste com seu antecessor de 2005 que mal media sete metros de altura.

O filme deveria ter sido produzido pela Universal, mas em 2015 o estúdio anunciou que finalmente deixaria o campo livre para Legendary Pictures e Warner Bros., que planejam um "Godzilla x Kong" para 2020.

King Kong pode de qualquer maneira acumular 50 milhões dólares neste fim de semana em seu lançamento na América do Norte, e ultrapassar Hugh Jackman encarnando o Wolverine em "Logan".

O grande macaco poderá conseguir mais de US$ 500 milhões em bilheteria no total.