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Aos 81 anos, ex-sex symbol francês Alain Delon anuncia aposentadoria

O ator francês Alain Delon, um dos grandes sex symbols do cinema nos anos 1960 - Anne-Christine Poujoulat/AFP
O ator francês Alain Delon, um dos grandes sex symbols do cinema nos anos 1960 Imagem: Anne-Christine Poujoulat/AFP

De Paris (França)

09/05/2017 22h37

Alain Delon, de 81 anos, lenda do cinema francês e europeu, anunciou nesta terça (9) que encerrará sua carreira, após seu último filme e uma peça de teatro.

"Eu tenho a idade que tenho. Fiz a carreira que fiz. Vou fechar o ciclo com um filme e uma peça de teatro magníficos. Não é o fim de uma vida, mas de uma carreira", disse o ator à agência France Press.

Delon participou de pelo menos 80 filmes em 50 anos de carreira e foi dirigido por grandes cineastas, como Melville, Visconti, Losey, ou Antonioni. Seus papéis em "Rocco e seus irmãos", "O leopardo", "O samurai", entre outros, marcaram gerações de cinéfilos.

No final do ano, Delon vai rodar um filme sob a direção do francês Patrice Leconte. A nova produção chega às telonas em 2018. Ele estrela o filme com Juliette Binoche.

Alain Delon em cena de "Rocco e Seus Irmãos" (1960), do cineasta Luchino Visconti - Reprodução - Reprodução
Alain Delon em cena de "Rocco e Seus Irmãos" (1960), do cineasta Luchino Visconti
Imagem: Reprodução


"Será uma bela história de amor. Ainda não há título, mas meu personagem vai se parecer um pouco comigo na vida: um homem da minha idade, caprichoso, furioso, mas que descobrirá o amor antes de partir", afirmou.

Delon disse esperar que a produção seja selecionada em Cannes, "para voltar e se despedir" do maior festival de cinema do mundo.

"Depois desse último filme, acabarei minha carreira com uma magnífica obra de teatro escrita por mim mesmo, 'Le Crépuscule d'un fauve', de Jeanne Fontaine", contou.

Delon rodou seu último filme, "Astérix nos Jogos Olímpicos", em 2008.

Sua popularidade sofreu uma queda nos últimos anos, especialmente por suas posições a favor do partido da extrema direita francesa Frente Nacional, da pena de morte, ou sobre a homossexualidade, a qual ele considera "contra as leis naturais".