Justiça italiana arquiva inquérito sobre a morte de Pasolini
A Procuradoria de Roma pediu nesta sexta-feira (6) o arquivamento do inquérito sobre o assassinato do escritor e diretor de cinema italiano Pier Paolo Pasolini, em 1975, após não ter conseguido identificar nenhum dos cinco códigos genéticos encontrados na roupa que a vítima usava no momento do crime.
A investigação havia sido aberta após uma denúncia apresentada por Guido Mazzon, advogado e primo do cineasta, em 2010. "É impossível determinar se aqueles traços nas roupas eram anteriores ou posteriores ao evento delituoso", afirmou a Procuradoria.
Pasolini foi encontrado morto no dia 2 de novembro de 1975 em Ostia, a poucos quilômetros de Roma, depois de ter sido espancado e atropelado várias vezes pelo seu próprio carro. O único condenado pelo crime é o ex-garoto de programa Giuseppe Pelosi, então menor de idade, que já cumpriu pena de nove anos e sete meses de prisão.
Na época, ele disse que matara o cineasta em um encontro sexual frustrado. Contudo, recentemente, mudou sua versão e se eximiu de qualquer culpa, afirmando que Pasolini fora assassinado por três pessoas.
No entanto, Pelosi nunca deu nenhuma pista que permitisse a identificação dos supostos criminosos. A família do diretor acredita que ele, um comunista convicto, tenha sido morto por motivos políticos.
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