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Chávez diz que Oliver Stone fará um novo filme sobre seu governo

Oliver Stone fala sobre o documentário "South of the Border", na Venezuela (28/05/2010) - EFE/David Fernández
Oliver Stone fala sobre o documentário "South of the Border", na Venezuela (28/05/2010) Imagem: EFE/David Fernández

30/05/2010 18h37

Caracas, Venezuela - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou hoje que o cineasta americano Oliver Stone está preparando a segunda parte de seu documentário "South of the Border", sobre sua revolução e a chegada ao poder de líderes esquerdistas na América Latina. Stone divulgou o filme na Verezuela na quinta-feira (28) e, nesta segunda (31) chega ao Brasil para promover o documentário. A estreia no país está marcada para o dia 4 de junho.

Chávez declarou em seu programa dominical "Alô Presidente": "Mantive uma reunião à meia-noite com Oliver Stone e sua equipe para outro filme (...), a segunda parte" de "South of the Border".

Sem revelar em que consistirá a segunda parte, Chávez lembrou que o primeiro filme narra a viagem do cineasta à América do Sul no início do ano passado e conta sua chegada ao poder e a visão de outros presidentes e líderes regionais sobre as mudanças na região.

"Stone me fez perguntas até as duas da manhã. Ele gosta de fazer sequências, fez o mesmo com Fidel (Castro): primeiro apresentou 'Comandante' e depois fez a segunda parte, 'Looking for Fidel'", acrescentou Chávez.

Na estreia de "South of the Border" em Caracas, na sexta-feira, Stone disse que "adoraria" entregar uma cópia de seu filme ao presidente americano, Barack Obama, como Chávez fez com o livro "As Veias Abertas da América Latina", do uruguaio Eduardo Galeano.

Chávez disse que a "intenção" do filme de Stone era similar à sua quando deu o livro a Obama em uma cúpula realizada em Trinidad e Tobago.

Stone disse que Chávez "é demonizado" nos Estados Unidos e que, por isso, decidiu fazer um filme com "uma visão diferente da que os americanos têm acesso".

Sobre o assunto, Chávez afirmou que se ele é "satanizado" nos EUA e na Europa, "o grande mérito do filme é exatamente contar a verdade".

"'South of the Border' mostra o que está acontecendo (na América Latina): uma revolução humana, do amor, da alegria, da esperança e este filme não terminou, continua todos os dias", acrescentou.